Policial condenado pela morte de George Floyd pede novo julgamento
O ex-policial de Minneapolis, Derek Chauvin, condenado pela morte de George Floyd, entrou com uma moção buscando um novo julgamento. O argumento da defesa é de que seu direito constitucional foi violado várias vezes durante o processo.
Segundo reportagem da Fox News, o advogado de defesa Eric Nelson questionou, entre outras coisas, a recusa do juiz em conceder uma mudança de local e não obrigar a presença de alguns jurados. "O efeito cumulativo dos múltiplos erros nesses procedimentos privou Chauvin de um julgamento justo, em violação de seus direitos constitucionais", afirma o advogado.
Nelson argumentou que foi inconstitucional quando o tribunal se recusou a obrigar o testemunho de Morries Hall, um suspeito traficante de drogas e amigo de Floyd que estava com ele no momento de sua morte.
"O Tribunal abusou de seu arbítrio e violou os direitos do Sr. Chauvin sob a Cláusula de Confronto ao deixar de ordenar que Morries Hall testemunhasse, ou, em alternativa, admitisse em evidência as declarações do Sr. Hall às forças de segurança a respeito de suas interações com George Floyd e presença no incidente de 25 de maio de 2020", afirmou.
Hall invocou a Quinta Emenda para evitar depor, mas ele fez declarações à polícia que não foram reveladas aos jurados, apesar das tentativas de Nelson de fazer com que fossem lidas no tribunal. Nelson também acusou os promotores de "má conduta do Ministério Público perversa e prejudicial" e alegou que os jurados condenaram Chauvin por acusações que as evidências não sustentavam suficientemente.
"O Tribunal abusou de seu arbítrio ao apresentar instruções ao júri que não refletiam com precisão a lei com relação ao assassinato não intencional de segundo grau, assassinato de terceiro grau e uso autorizado da força", afirmou.
Julgamento caso George Floyd
O ex-policial Derek Chauvin foi condenado no dia 20 de abril pela morte de George Floyd, homem negro que morreu após ser asfixiado por nove minutos no estado de Minnesota, nos Estados Unidos. A decisão unânime é do júri popular que analisou o caso.
Chauvin foi condenado por assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo. A promotoria decidiu revogar a fiança para o crime de homicídio culposo. O ex-policial saiu do tribunal algemado.
Segundo o juiz Peter Cahill, que leu o veredito, os argumentos do ex-policial serão analisados "dentro de uma semana", mas há outras etapas técnicas como a solicitação de um relatório de investigação pré-sentença.
Somadas as condenações, Chauvin pode ficar preso por até 75 anos. Só a condenação por homicídio não intencional em segundo grau tem pena máxima de até 40 anos, segundo informações da CNN dos EUA.
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