43 imigrantes morreram na fronteira dos EUA durante onda de calor
O grupo Humane Borders, uma organização sem fins lucrativos, relatou que 43 corpos foram encontrados na fronteira do México com os Estados Unidos, já no estado do Arizona. O calor intenso dos últimos dias na região pode ser a causa dos óbitos das vítimas, que imigravam de um país para o outro.
Segundo a Associated Press, o trecho de caminhada tem dias de calor escaldante no deserto de Sonora, com escassez de água e noites frias que acabam deixando os viajantes em situações precárias de saúde.
A Humane Bordes diz que os 43 corpos foram encontrados em junho, o mês mais quente na região, com recorde de temperatura de 43°C. A organização mapeia a recuperação de corpos no local usando dados de um consultório de medicina de Tucson, cidade no Arizona.
Apesar de as vítimas terem sido encontradas em junho, nem todas tiveram a mesma data de morte. 16 delas estavam mortas há apenas um dia e 16 há cerca de uma semana em relação ao dia em que foram encontradas, disse Mike Kreyche, coordenador de mapeamento da organização, à agência.
"O deserto é vasto e traiçoeiro. Quando você cruza ilegalmente, você se coloca em um perigo intenso", afirma o chefe da patrulha da fronteira, Chris Clem. "E o verão está apenas começando."
Em regiões como a Colúmbia Britânica (Canadá) e Oregon (EUA) foram registradas mais de 500 mortes nas últimas semanas por conta do calor, que chegou a marcar 47°C.
A onda do calor também afetou o meio ambiente. Segundo a Universidade da Colúmbia Britânica, cerca de 1 bilhão de mariscos, moluscos e mexilhões foram encontrados mortos ou cozidos em praias do Mar de Salish.
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