Pessoas evacuam ilha da Grécia em balsa para fugir de incêndio; veja
Os devastadores incêndios continuavam hoje a queimar superfícies recordes de florestas na Grécia, pelo quinto dia consecutivo, durante este "verão de pesadelo", como definiram as autoridades locais.
Na noite de ontem (horário local), centenas de moradores e turistas precisaram ser retirados por balsa da ilha de Eubeia, a segunda maior do país, a leste da capital Atenas. Ao todo, segundo informações da agência Associated Press, cerca de 1.400 pessoas foram evacuadas.
"Balsa evacua centenas de pessoas pelo mar enquanto os incêndios se aproximam de vila grega", escreveu a russa Ruptly, uma agência internacional de notícias em vídeo.
As chamas diminuíram de intensidade hoje, mas a previsão é de que os ventos se fortaleçam, o que significa que ainda existe uma forte ameaça à população local.
Sob nenhuma circunstância podemos ser complacentes. Estamos combatendo uma batalha muito grande. Quando este verão de pesadelo acabar, vamos reparar todos os danos o mais rápido possível.
Nikos Hardalias, vice-ministro de Proteção Civil
Os incêndios surgiram em muitas partes do país em meio à pior onda de calor da Grécia em mais de 30 anos, arrasando florestas, destruindo casas e empresas e matando animais. Ontem, os fortes ventos levaram o fogo para a cidade de Thrakomakedones, ao norte de Atenas, onde queimou casas.
Como resultado, uma densa nuvem de fumaça e cinzas caiu sobre Atenas, enquanto os incêndios florestais — que já deixaram dois mortos — ganhavam terreno em várias partes da Grécia.
Pelo menos 1.450 bombeiros gregos, auxiliados por reforços de outros países, incluindo 15 aeronaves, continuam a lutar contra cinco grandes incêndios ao norte de Atenas, na ilha de Eubeia, e três incêndios na península do Peloponeso, no oeste, informaram os bombeiros.
Até a noite de ontem, as autoridades gregas contabilizavam 154 incêndios, 64 dos quais ainda ativos.
Mediterrâneo em perigo
Já envolvida em uma catástrofe sem precedentes na Grécia e na Turquia, toda a região do Mar Mediterrâneo verá incêndios, secas e ondas de calor agravadas como resultado do aquecimento global, de acordo com a versão preliminar de um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, ao qual a agência AFP teve acesso exclusivo.
Embora não seja a região do mundo que sofrerá o maior aumento das temperaturas, segundo este relatório, o Mediterrâneo, onde vivem 500 milhões de pessoas, é considerado um "ponto quente" das mudanças climáticas.
"Os pontos preocupantes indicam riscos relacionados à elevação do nível do mar, perda da biodiversidade terrestre e marinha, riscos relacionados a secas, incêndios e alterações do ciclo da água, produção de alimentos, riscos à saúde em aglomerações urbanas e rurais por ondas de calor, e por mosquitos que transmitem doenças", diz um trecho do documento.
(Com AFP, Reuters e RFI)
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