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Geneticista que não crê em fantasma relata aparição sombria: 'Força do mal'

Alunos de universidade americana relataram episódios "aterrorizantes´ - Divulgação/ Queen"s University
Alunos de universidade americana relataram episódios 'aterrorizantes´ Imagem: Divulgação/ Queen's University

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/10/2021 04h00Atualizada em 24/10/2021 10h45

Ver vultos, ouvir vozes, sentir arrepios ao entrar em um local, ver a figura de uma pessoa. Há aqueles que acreditam que vivências como essas são sobrenaturais e os que acreditam que essas situações são fruto da imaginação de uma pessoa.

Apesar de não acreditar em fantasmas e criaturas sobrenaturais, um geneticista de 60 anos revelou em um podcast da BBC que ele e outros alunos foram "aterrorizados" por um "espírito do mal" quando moravam em um quarto na república da Queen's University Belfast na década de 1980.

Segundo relato de Ken, três alunos que moraram no quarto 611 ao longo de três anos relataram uma série de acontecimentos sobrenaturais como objetos voando, ruídos e a presença de um fantasma no local. Coincidência, ou não, três ex-alunos haviam morrido no local, um deles após cair da janela.

"As coisas começam de repente e de forma muito estranha. Foi no auge do inverno. Eu tinha ido para a cama, meu colega de quarto James tinha ido para a cama também. Meus olhos estavam abertos e algo me chamou a atenção. Eu vi um grande vulto preto perto da mesa e tive a impressão de ser um homem. Nesse momento, duas coisas aconteceram: eu podia ouvir um ruído muito, muito alto e também havia uma sensação forte de mal vindo dessa figura", relatou.

Ainda segundo Ken, em determinado momento, aquela figura escura se levantou e foi em direção a cama onde ele estava deitado. Sua primeira reação foi chutar e atacar aquele homem, que então, desapareceu.

sombra - AlexLinch/iStock - AlexLinch/iStock
Estudantes relatam presença de 'homem do mal'
Imagem: AlexLinch/iStock

Abalado, o geneticista conta que questionou seu colega sobre a figura e o rapaz, teria dito que também havia sentido algo estranho que não conseguia explicar.

"Ele disse que estava deitado na cama com os olhos fechados tentando dormir quando viu um ponto de luz. Este ponto foi ficando cada vez maior e ele podia ver um homem. De repente esse homem se virou, lançou-lhe um olhar maligno e desapareceu", acrescenta.

Ainda segundo Ken, o homem parecia ser um jovem estudante como eles e a sensação é de que ele lhes queria fazer "algum mal" e descreveu isso como uma das coisas mais horríveis que ele já experimentou.

Na noite seguinte, uma nova cena de terror. Era uma sexta-feira e os demais estudantes que moravam no quarto haviam saído para um fim de semana em casa. Ken lia um livro quando ouviu o barulho do elevador subindo.

"O elevador parou no andar em que eu estava e pude ouvir as portas se abrindo e pensei: 'Que estranho, talvez alguém esteja vindo me ver'. Naquele instante, senti a mesma força do mal da noite anterior e ouvi passos muito altos, como se estivessem usando botas com pregos no fundo, eles faziam muito barulho e pareciam seguir em direção ao meu quarto", relata.

"E então houve um silêncio profundo. Provavelmente durou um segundo, mas pareceu um dos mais longos silêncios de todos os tempos. E então a porta começou a bater. Foi como se a porta estivesse sendo chutada, socada na parte superior e na parte inferior ao mesmo tempo. Eu pude ver a porta balançando", seguiu Ken contando.

O geneticista relatou que se levantou e abriu a porta. Ao olhar o corredor não havia ninguém, mas o elevador estava parado em seu andar com a porta aberta.

Ken mais tarde descobriu que os dois alunos que haviam ficado no mesmo quarto 611 no ano anterior também haviam presenciado situações inexplicáveis.

"Não foi nenhum tipo de alucinação o que eu vivenciei. O que aconteceu naquele quarto aconteceu muitas vezes e com diferentes pessoas", continuou ele.

Situações anteriores

Buscando por uma resposta, Ken contou ainda que depois dos episódios falou com a faxineira que trabalhava no local há anos. Ela disse a Ken e James que sempre se sentiu desconfortável no quarto e que havia uma presença lá que ela não conseguia explicar.

Ela também revelou que havia dois alunos que moraram no local anteriormente e que todos haviam morrido enquanto estavam na universidade, sendo um deles morto a tiros no caminho para a missa no início da década de 70 e outro caiu da janela em um aparente suicídio, embora houvesse rumores de que ele havia sido empurrado.

O podcast fez um apelo por informações de qualquer pessoa que tivesse uma teoria sobre o que aconteceu - ou tivesse suas próprias experiências inexplicáveis no apartamento 611.

Para a parapsicóloga Caroline Watt, da Universidade de Edimburgo, pode haver uma explicação lógica para os relatou de Ken.

"Uma possibilidade é que haja algo no ambiente que esteja afetando as pessoas, como atividade eletromagnética ou infrassom. Sabemos que sons de baixa frequência no ambiente podem criar emoções, uma sensação de presença e, às vezes, uma sensação de medo também. Então comecei a pensar sobre o que poderia ser uma fonte de infrassom", explicou.