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Em rara viagem à Rússia, diretor da CIA questiona tropas perto da Ucrânia

O diretor da CIA, Bill Burns - Drew Angerer/Getty Images via AFP
O diretor da CIA, Bill Burns Imagem: Drew Angerer/Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

06/11/2021 10h10

O presidente dos EUA, Joe Biden, enviou Bill Burns, diretor da CIA (agência de inteligência norte-americana), para uma rara viagem à Rússia. A visita, de acordo com a rede de TV CNN, seria um alerta ao Kremlin de que os norte-americanos estão acompanhando movimentações de tropas do país perto da fronteira com a Ucrânia.

Na Rússia, Burns teve conversas com pessoas diretamente envolvidas na ação militar. Depois, o diretor da CIA falou, por telefone, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na tentativa de diminuir a tensão entre os dois países.

Algumas fontes ouvidas pela CNN afirmam que os movimentos de tropas russas perto da fronteira podem indicar a preparação para uma invasão, enquanto outras dizem que trata-se de um "exercício" ou uma "tentativa de intimidação". Imagens de satélite mostram tropas, tanques e artilharia perto da cidade de Yelnya, na fronteira com a Ucrânia.

O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou nesta semana que a movimentação de equipamento militar dentro do território russo diz respeito apenas às autoridades do país, que a Rússia não representa um perigo ou ameaça e que irá continuar "garantindo sua própria segurança".

Concentração de tropas

Em abril deste ano, os russos concentraram tropas na fronteira com a Ucrânia e na península da Crimeia, levando os EUA a "cobrar explicações" do Kremlin. A União Europeia também declarou apoio à Ucrânia.

Depois de três semanas de exercícios militares, a Rússia anunciou a volta das forças às bases de origem.