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Áustria multará em R$ 22,5 mil quem recusar vacina contra covid-19

17.nov.2021 - Médico atende paciente em UTI em hospital na Áustria durante a pandemia da covid-19 - Barbara Gindl/APA/AFP
17.nov.2021 - Médico atende paciente em UTI em hospital na Áustria durante a pandemia da covid-19 Imagem: Barbara Gindl/APA/AFP

Colaboração para o UOL

22/11/2021 15h44

O governo austríaco tornará a vacina contra a covid-19 compulsória. Com a regra, que começa a valer em fevereiro de 2022, quem se recusar a receber o imunizante terá de pagar multas de 3.600 euros, o equivalente a R$ 22,5 mil pela cotação atual.

A ministra da Constituição do país europeu, Karoline Edtstadler, afirmou que, além da multa, haverá também cobrança de 1.500 euros (R$ 9.000) pela recusa em receber a dose de reforço do imunizante.

Após o anúncio do governo, atos contra a obrigatoriedade da vacina começaram a ser realizados no país, liderados pelo ultraconservador Partido da Liberdade. No sábado (20), uma manifestação em Viena contou com a presença de cerca de 40.000 pessoas. Uma greve nacional começou hoje.

A medida torna a Áustria o primeiro país da Europa Ocidental a tornar obrigatória a vacinação contra o vírus causador da covid-19. No momento, a nação tem uma das menores taxas de imunização da região: cerca de 66% da população elegível. O país tem enfrentado alta no número de casos da doença.

Lockdown contra o avanço do coronavírus

A Áustria voltou hoje a entrar em lockdown, medida severa que deu ainda mais fôlego aos protestos no país do último fim de semana.

Com exceção das escolas, a capital, Viena, e outras cidades do país amanheceram em silêncio: lojas, restaurantes, mercados natalinos, salas de concerto e salões de beleza baixaram as portas.

Como em confinamentos anteriores, os 8,9 milhões de austríacos teoricamente estão proibidos de sair de casa, exceto para fazer compras, praticar esportes ou receber atendimento médico.