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UE ataca Rússia com novas sanções sobre bens de luxo, metais e energia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante cerimônia do Dia Nacional e Europeu em Homenagem às Vítimas do Terrorismo na propriedade Grand Trianon, em Versalhes, França, em 11 de março de 2022.  - Emmanuel Dunand/Reuters
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante cerimônia do Dia Nacional e Europeu em Homenagem às Vítimas do Terrorismo na propriedade Grand Trianon, em Versalhes, França, em 11 de março de 2022. Imagem: Emmanuel Dunand/Reuters

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

11/03/2022 16h58

A UE (União Europeia) deve aplicar amanhã uma nova série de sanções comerciais a Moscou, num momento em que a Rússia não mostra sinais de arrefecimento da guerra na Ucrânia, disse hoje a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na cúpula de líderes do bloco em Versalhes. Leia a íntegra do discurso (em inglês).

"Amanhã, tomaremos um quarto pacote de medidas para isolar ainda mais a Rússia e drenar os recursos que ela usa para financiar essa guerra bárbara", disse von der Leyen.

O novo pacote de sanções ainda não foi publicado, mas a presidente da comissão destacou os principais setores que serão atingidos. "Vamos proibir a exportação de qualquer produto de luxo da UE de nossos países para a Rússia, como um golpe direto para a elite russa".

O bloco também vai vetar as importações "de bens essenciais do setor de ferro e aço" da Rússia. A UE espera que a medida corte "bilhões de receitas de exportação" para a Rússia.

Von der Leyen acrescentou que a UE está "certificando-se de que o Estado russo e suas elites não possam usar criptoativos para contornar as sanções", sem fornecer detalhes sobre como a UE pretende fazê-lo.

Por fim, a UE "proporá uma grande proibição de novos investimentos europeus no setor de energia da Rússia", disse ela.

"Essa proibição cobrirá todos os investimentos, transferências de tecnologia, serviços financeiros, etc., para exploração e produção de energia - e, portanto, terá um grande impacto em Putin", disse von der Leyen.

As novas sanções da UE na frente de energia ainda estão aquém das medidas britânicas, americanas e canadenses para proibir as importações de petróleo russo.

O anúncio ocorre ao mesmo tempo em que países do G7 —UE/Reino Unido, EUA, Alemanha, França, Itália, Japão e Canadá— prometeram remover os privilégios comerciais da Rússia na OMC (Organização Mundial do Comércio) e restringir sua capacidade de obter financiamento no FMI e Banco Mundial.