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Guerra da Rússia-Ucrânia

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EUA negam financiar armas biológicas e acusam Rússia de 'bandeira falsa'

11.mar. 22 - Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, fala durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York - TIMOTHY A. CLARY / AFP
11.mar. 22 - Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, fala durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York Imagem: TIMOTHY A. CLARY / AFP

Do UOL, em São Paulo*

11/03/2022 15h33

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reúne hoje a pedido da Rússia, que deseja discutir supostas atividades militares dos Estados Unidos com armas químicas e biológicas. Os russos acusaram os norte-americanos de financiar tais experimentos na Ucrânia, o que foi negado pelos dois países.

A enviada dos Estados Unidos à ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que as alegações de Moscou, apresentadas sem evidências, sobre "atividades biológicas" eram uma possível tentativa de operação de "bandeira falsa".

Repetindo a posição dos EUA de que a Ucrânia não tem um programa de armas biológicas ou tais laboratórios apoiados pelos Estados Unidos, Thomas-Greenfield falou que era a Rússia que poderia usar agentes químicos ou biológicos na Ucrânia.

Embora ela não tenha fornecido provas de uma ameaça iminente durante a reunião, ela afirmou: "A Rússia tem um histórico de acusar falsamente outros países das mesmas violações que a própria Rússia está perpetrando".

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Acusações sem embasamento

O embaixador João Genésio de Almeida Filho, representante permanente do Brasil na ONU, disse, durante a reunião do conselho, que acusações sobre uso de armas biológicas devem ser "embasadas".

"Essas evidências devem ser apresentadas e confirmadas por autoridades independentes e imparciais, de acordo com o artigo 4 do acordo da convenção de armas biológicas. Esse mecanismo não parece ser forte o suficiente neste momento", disse João Genésio.

Durante a fala, o embaixador brasileiro ponderou, no entanto, que pesquisas sobre biossegurança devem ser separadas de ameaças com uso de armas biológicas ou químicas. "Novos patógenos devem ser analisados com mecanismos transparentes".

"O Brasil condena fortemente o uso e ameaça de uso de armas de destruição em massa, incluindo biológicas e químicas por quem quer que seja em qualquer situação", acrescentou o representante do Brasil.

*Com Reuters