Reino Unido: Rishi Sunak e Liz Truss disputarão cargo de premiê
Os deputados do Partido Conservador escolheram hoje os finalistas para a disputa para suceder Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido. O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, foram os mais votados.
A secretária de Comércio Exterior, Penny Mordaunt, recebeu a menor quantidade de votos, e acabou eliminada do processo.
Até o momento, apenas os deputados do Partido Conservador participavam da votação. O candidato com menos votos era eliminado, até chegar nos últimos dois.
Sunak e Truss farão campanha pelo país agora, para convencer os quase 200 mil filiados do partido britânico a votarem neles. O resultado da eleição deve ser anunciado em 5 de setembro.
O processo para eleger um novo premiê começou na primeira semana de julho, após Boris Johnson renunciar ao cargo. O governo dele foi abalado por uma série de escândalos, como a revelação de que participou de festas durante o lockdown para conter a covid-19 e casos de assédio sexual dentro do partido.
Johnson ficará no cargo interinamente até o sucessor ser escolhido. Mais cedo, na última sabatina no Parlamento britânico como premiê, ele se despediu dizendo: "Hasta la vista, baby".
Quem são os candidatos
Rishi Sunak
O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak foi o primeiro hindu a ocupar o cargo. Ele é o favorito para suceder Johnson.
Ex-analista do banco Goldman Sachs e funcionário de um fundo especulativo, casado com a filha de um magnata indiano, Sunak, cujos avós emigraram do norte da Índia para o Reino Unido na década de 1960, acumulou uma fortuna pessoal substancial antes de se tornar um deputado em 2015.
Defensor do Brexit, foi nomeado ministro das Finanças em 2020, um cargo importante em meio à pandemia, mas foi criticado por fazer muito pouco para combater a sufocante crise do custo de vida.
Liz Truss
Sem meias palavras e muito crítica aos movimentos de protestos sobre questões identitárias, a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, tornou-se muito popular nas bases do Partido Conservador.
A mulher de 46 anos foi nomeada chefe da diplomacia como recompensa por seu trabalho como ministra do Comércio Internacional durante a saída britânica da União Europeia.
No cargo, ela conseguiu fechar uma série de importantes acordos comerciais pós-Brexit. Sua linha dura sobre a invasão da Ucrânia ou suas ameaças de romper o acordo da UE sobre a Irlanda do Norte atraem alguns conservadores.
*Com AFP
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