Biden diz não ser racional mandar imigrantes de volta para Cuba e Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, em coletiva ontem na Casa Branca, não ser "racional" mandar imigrantes de volta à Venezuela, Nicarágua e Cuba. A declaração vem em meio a um momento em que governadores republicanos estão usando isso como jogo político, enviando imigrantes a redutos democratas, como Washington, Nova York e Chicago, segundo o El País.
O país norte-americano já superou o número de detenções de imigrantes na fronteira com o México antes mesmo de setembro acabar, chegando a marca de dois milhões de pessoas em um ano. Esse registro pressiona o governo Biden, que espera afastar esse tema das questões centrais das eleições legislativas de novembro.
Na fala, o presidente americano relatou enfrentar circunstâncias "especiais" em relação à imigração. "Há menos migrantes do México e da América Central. Agora estou atento à Venezuela, Nicarágua e Cuba", disse Biden. O chefe do Executivo também admitiu que a deportação dessas pessoas de volta a seus países "não é racional".
Além de enviarem imigrantes aos estados democratas, os governadores republicanos cogitaram mandá-las a Delaware, o estado natal do atual ocupante da Casa Branca. Em tom de brincadeira, ele aceitou. "Visite Delaware, é lindo".
Número de prisões de imigrantes é alto
De acordo com o El País, Agentes da Patrulha de Fronteira prenderam 204 mil pessoas em agosto e 293 mil só neste mês. O CBP (Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras) estima que até o fim de setembro mais de 2,3 milhões de detenções terão sido feitas.
Esse número é alto graças ao aumento da chegada de cubanos, venezuelanos e nicaraguenses aos EUA - além dos refugiados da Rússia e Ucrânia. Chris Magnus, comissário do CBP, culpou "os regimes comunistas fracassados na Venezuela, Nicarágua e Cuba" pela nova onda de migração no Hemisfério Ocidental, que provocou apreensões na fronteira sul. Ele explicou na segunda-feira que a falta de relações diplomáticas com estes países dificultou o repatriamento.
O CBP prendeu 600 mil pessoas a mais do que até setembro do ano passado, quando foi registrada 1,7 milhão de detenções.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.