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Biden diz não ser racional mandar imigrantes de volta para Cuba e Venezuela

Biden quer evitar que a imigração seja tema central da disputa legislativa que ocorrem nos EUA em novembro - REUTERS/Mohamad Torokman
Biden quer evitar que a imigração seja tema central da disputa legislativa que ocorrem nos EUA em novembro Imagem: REUTERS/Mohamad Torokman

Do UOL, em São Paulo

21/09/2022 13h06

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, em coletiva ontem na Casa Branca, não ser "racional" mandar imigrantes de volta à Venezuela, Nicarágua e Cuba. A declaração vem em meio a um momento em que governadores republicanos estão usando isso como jogo político, enviando imigrantes a redutos democratas, como Washington, Nova York e Chicago, segundo o El País.

O país norte-americano já superou o número de detenções de imigrantes na fronteira com o México antes mesmo de setembro acabar, chegando a marca de dois milhões de pessoas em um ano. Esse registro pressiona o governo Biden, que espera afastar esse tema das questões centrais das eleições legislativas de novembro.

Na fala, o presidente americano relatou enfrentar circunstâncias "especiais" em relação à imigração. "Há menos migrantes do México e da América Central. Agora estou atento à Venezuela, Nicarágua e Cuba", disse Biden. O chefe do Executivo também admitiu que a deportação dessas pessoas de volta a seus países "não é racional".

Além de enviarem imigrantes aos estados democratas, os governadores republicanos cogitaram mandá-las a Delaware, o estado natal do atual ocupante da Casa Branca. Em tom de brincadeira, ele aceitou. "Visite Delaware, é lindo".

Número de prisões de imigrantes é alto

De acordo com o El País, Agentes da Patrulha de Fronteira prenderam 204 mil pessoas em agosto e 293 mil só neste mês. O CBP (Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras) estima que até o fim de setembro mais de 2,3 milhões de detenções terão sido feitas.

Esse número é alto graças ao aumento da chegada de cubanos, venezuelanos e nicaraguenses aos EUA - além dos refugiados da Rússia e Ucrânia. Chris Magnus, comissário do CBP, culpou "os regimes comunistas fracassados na Venezuela, Nicarágua e Cuba" pela nova onda de migração no Hemisfério Ocidental, que provocou apreensões na fronteira sul. Ele explicou na segunda-feira que a falta de relações diplomáticas com estes países dificultou o repatriamento.

O CBP prendeu 600 mil pessoas a mais do que até setembro do ano passado, quando foi registrada 1,7 milhão de detenções.