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Idosa morta por amiga acreditava conversar com rei Charles 3º pelo YouTube

Jemma Mitchell espancou até a morte a sua amiga, Mee Kuen Chong - Reprodução
Jemma Mitchell espancou até a morte a sua amiga, Mee Kuen Chong Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em Maceió

14/10/2022 21h57

A idosa Mee Kuen Chong, de 67 anos, que foi assassinada e decapitada por uma amiga, a médica inglesa Jemma Mitchell, de 38, acreditava que conseguia se comunicar por meio do YouTube com o rei Charles 3º, na época em que o monarca ainda era príncipe de Gales, antes de assumir o trono em setembro.

A justiça britânica realiza um julgamento que poderá condenar ou absolver Jemma, que alega inocência das acusações contra ela. Durante os depoimentos das testemunhas apresentados ao tribunal, foi revelado que a vítima achava que se comunicava com Charles 3º, além de escrever cartas direcionadas à realeza, e ao ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Segundo informações do Daily Mail, a psiquiatra Alyson Callan, consultora da Equipe de Saúde Mental da Comunidade de Brent, disse que Mee Kuen foi ao Centro de Avaliação de Ameaças Fixas, no Palácio de Buckingham, em março de 2021. Porém, as cartas escritas pela vítima não continham nenhum conteúdo alarmante, mesmo assim foram consideradas "bizarras", o que foi um indicativo de que ela sofresse de alguma doença mental.

A idosa foi medicada em maio daquele ano, mas no mês seguinte, junho, reclamou de que os medicamentos afetavam a qualidade de seu sono e do apetite. No dia 4 de junho, durante uma visita domiciliar feita pela psiquiatra, a mulher disse não querer falar sobre "seu relacionamento percebido com o príncipe Charles e o Boris Johnson".

"Ela me informou que poderia se comunicar com o [então] príncipe Charles via YouTube", falou a médica.

Amiga acusada de assassinato

Jemma Mitchell é uma médica inglesa que será julgada pela acusação de matar e decapitar Mee Kuen Chong, de quem ela era amiga. O crime que ocorreu em junho de 2021 teria sido motivado por dinheiro.

Mitchell, que é especializada em dissecar corpos, foi flagrada por uma câmera de segurança carregando o corpo de Chong em uma mala pelas ruas de Londres.

Conforme a denúncia, Jemma pressionou Mee a lhe pagar uma quantia de 400 mil libras (equivalente a R$ 2 milhões) para uma reforma em que adicionariam um andar extra à sua casa.

Ela teria proposto um acordo envolvendo a propriedade do imóvel, mas Mee recusou. Então, de acordo com os promotores, Jemma a matou, decapitou e jogou seu corpo a 400 km de distância de onde moravam.

O corpo de Mee Chong foi encontrado decapitado na floresta perto de Salcombe. A cabeça só foi localizada 10 dias depois, nas proximidades do local.

Mitchell negou o assassinato no julgamento. A acusação diz que Jemma cometeu o assassinato na casa da vítima, atingindo-a na cabeça com um objeto pesado e fraturando o seu crânio.

A inglesa teria colocado o corpo na mala azul e o levado para casa, onde ficou por duas semanas até ela se dirigir para Devon para tentar fazer o descarte sem ser percebida.