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Trabalhistas criticam escolha de Sunak como premiê: 'Ninguém votou nele'

Rishi Sunak foi ministro do Tesouro durante o governo de Boris Johnson - Reuters
Rishi Sunak foi ministro do Tesouro durante o governo de Boris Johnson Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/10/2022 10h56Atualizada em 24/10/2022 11h10

O Partido Trabalhista criticou a escolha de Rishi Sunak como o novo primeiro-ministro do Reino Unido após sua única adversária, Penny Mordaunt, anunciar que desistiu da disputa. Em uma publicação no Twitter, o partido disse que "ninguém votou nele".

A afirmação foi feita pela legenda em um vídeo publicado na rede social. As imagens mostram uma série discursos de integrantes do Partido Conservador, inclusive Liz Truss, que renunciou na semana passada, e faz críticas a medidas que, na avaliação da legenda, pioraram a economia do Reino Unido.

"O Reino Unido não aguenta mais os conservadores. Eleições gerais agora", diz a última frase do vídeo publicado pelo Partido Trabalhista no Twitter.

Com a desistência de Mourdant, Sunak vai se tornar a terceira pessoa a assumir o cargo em menos de dois meses, e terá como principal tarefa a recuperação da estabilidade econômica e política do país.

"Essa decisão é histórica e mostra o talento e diversidade do nosso partido. Rishi tem todo o meu apoio", escreveu Penny Mordaunt nas redes sociais, após não conseguir o número de apoios necessários dentro do Partido Conservador para garantir a indicação.

O parlamentar de 42 anos herdará o cargo de Liz Truss, que ocupou a posição por menos de 45 dias e renunciou após um pacote fiscal controverso causar agitação nos mercados. Ele nasceu no Reino Unido, mas é filho de imigrantes indianos, e será a primeira pessoa não-branca a assumir a chefia do governo britânico.

Sunak, que já foi ministro das Finanças do país, deve tomar posse ainda nesta semana.

Multimilionário e ex-executivo do setor bancário, o novo premiê deve anunciar cortes de gastos para tentar reconstruir a reputação fiscal do Reino Unido, que escorrega para uma recessão, puxada pela disparada dos preços da energia e dos alimentos.