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Putin não felicitou Sunak por considerar o Reino Unido um país 'hostil'

O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak - Sputnik/Gavriil Grigorov e Henry Nicholls/Reuters
O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak Imagem: Sputnik/Gavriil Grigorov e Henry Nicholls/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

26/10/2022 08h52Atualizada em 26/10/2022 09h41

O presidente russo, Vladimir Putin, não felicitou Rishi Sunak após sua nomeação como primeiro-ministro britânico porque o Reino Unido é considerado um país "hostil" à Rússia, afirmou o Kremlin.

"O Reino Unido atualmente integra a categoria de países hostis", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "Desta maneira, não, não foi enviado um telegrama de felicitações."

O Reino Unido tem sido um dos maiores aliados da Ucrânia na guerra travada pelos russos. Além do envio de armas, também foram implementadas algumas das sanções mais severas da história moderna à Rússia.

Na época da saída de Boris Johnson, que ocupava o cargo de premiê britânico no início da guerra, o mesmo porta-voz do Kremlin declarou: "Ele não gosta de nós, nós também não gostamos dele".

Com a queda de Liz Truss, sucessora de Johnson que ficou 45 dias na chefia do governo britânico, a Rússia voltou a criticar o Reino Unido e disse que a atuação de Truss foi uma "vergonha", além de declararem que ela seria lembrada por um "analfabetismo catastrófico".

A chegada de Rishi Sunak não muda o posicionamento dos britânicos em relação aos russos.

Sunak prometeu continuar apoiando a Ucrânia contra a invasão russa: "Uma guerra terrível que deve ser realizada com êxito até sua conclusão", afirmou. Londres se comprometeu a ajudar Kiev com até 2,3 bilhões de libras (2,6 bilhões de dólares), um auxílio que fica atrás apenas do que os Estados Unidos ofereceu.

Sunak escolheu o o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, como o primeiro líder internacional a receber um telefonema do novo premiê, declarando "apoio inabalável" de seu país à Ucrânia, segundo um comunicado de Downing Street.

Além disso, após uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um comunicado da ligação informou que "os líderes estiveram de acordo sobre a importância de trabalharem juntos para apoiar a Ucrânia e responsabilizar a Rússia" pela invasão da ex-república soviética iniciada em fevereiro.

*Com informações da AFP