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Biden faz apelo por vacinação contra covid-19 para festas de fim de ano

Presidente dos EUA, Joe Biden - REUTERS/Mohamad Torokman
Presidente dos EUA, Joe Biden Imagem: REUTERS/Mohamad Torokman

Do UOL, em São Paulo

06/12/2022 15h53Atualizada em 06/12/2022 16h40

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo para que as pessoas se vacinem contra a covid-19 para "proteger você e sua família antes das festas de fim de ano". O chefe de Estado pediu que os residentes dos EUA tomem a versão mais atualizada do imunizante.

"Mesmo que você tenha sido vacinado ou reforçado, mesmo que já tenha tido covid antes - obtenha a vacina atualizada para proteger você e sua família antes das festas de fim de ano", escreveu no Twitter.

Os EUA já possuem vacinas atualizadas, que visam especificamente a variante ômicron. A nova geração de imunizantes bivalentes é direcionada tanto para a cepa original do coronavírus quanto para as linhagens BA.4 e BA.5 da variante ômicron. Esta última representa, hoje, mais de 90% dos casos nos Estados Unidos.

O que são vacinas bivalentes?

Segundo reportagem do VivaBem, plataforma de saúde e bem-estar do UOL, as vacinas bivalentes são imunizantes adaptados para proteger contra as formas da variante ômicron. Essas doses usam a mesma tecnologia das primeiras gerações —de RNA mensageiro, que induz o organismo a sintetizar uma proteína e estimula o sistema imunológico a combater o novo coronavírus.

"Estudos mostraram que fazer vacina só com a ômicron dá menos proteção do que fazer combinada. Ou seja, manter a cepa original e incorporar a ômicron", explica o infectologista pediátrico Renato Kfouri, presidente do departamento de imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Atualizar vacinas é algo natural. Basta pensar nas formas do imunizante para a gripe, geralmente modificado a cada nova campanha anual. Na covid-19, esse processo esperou até que uma cepa se mostrasse predominante, caso da ômicron. A África do Sul foi o primeiro país a reportá-la à OMS (Organização Mundial da Saúde), em 24 de novembro de 2021. Hoje, as suas subvariantes BA.1 e BA.5 são as de maior circulação. A primeira, inclusive, associada ao aumento de casos no Brasil.

"Para desenvolver novas vacinas, os produtores precisavam ter certeza de que a vacina não ficaria obsoleta, de que seriam ideais para o tempo necessário de desenvolvê-las. Com esse protagonismo de longo prazo da ômicron, um ano já circulando, foi imaginável que uma vacina com ela seria boa", explica Kfouri.