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Noivos desistem de casamento e se tornam padre e freira na Itália

Paola e Angelo estavam prestes a casar, mas decidiram seguir a vocação religiosa - Reprodução/ Facebook
Paola e Angelo estavam prestes a casar, mas decidiram seguir a vocação religiosa Imagem: Reprodução/ Facebook

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/05/2023 14h45

Um casal italiano decidiu seguir a vocação religiosa e se tornar padre e freira após nove anos de relacionamento. Os dois estavam prestes a casar, quando sentiram o "chamado" de Deus.

O que aconteceu?

Angelo e Paola se conheceram na adolescência, em dezembro de 1996, em uma paróquia na província de Nápoles, na Itália.

Eles estavam juntos há nove anos quando começaram a planejar o casamento. Na época, Paola terminava a faculdade de economia e Angelo era eletricista industrial.

Foi um encontro com o pároco dom Michele Madonna, em 2005, que mudou o destino do casal. Seu mantra era: "Pergunte a Deus o que ele pensou para você, qual é o seu sonho para você".

"Deus fez Paola entender que queria que ela fosse dele", revelou Angelo em uma publicação no Facebook. Mas a jovem não aceitou o destino de primeira. Os dois terminaram pela primeira vez em maio, mas se reencontraram depois de um tempo.

No entanto, em outubro do mesmo ano, Paola decidiu abraçar a fé e se tornar freira.

"Continuei minha vida, mas no meu coração fiquei inquieto, tudo era insípido, nada era suficiente para mim, eu tinha tudo e mesmo assim não era feliz", disse o padre. No ano seguinte, foi ele quem recebeu o "chamado".

"Certa noite, fiz a fatídica pergunta a Deus, com a qual o padre Michele tinha nos abordado: por que estou na Terra? O que você quer de mim? Então, abri a Bíblia aleatoriamente no trecho 'Antes de vos formar no ventre, conheci-vos, antes de virdes à luz, consagrei-vo'".

Aos 26 anos, ele entrou para o seminário e sete anos depois foi ordenado sacerdote. Hoje, Angelo vive na Alemanha, onde presta serviço pastoral às comunidades italianas.

Já Paola se tornou uma freira de clausura, conhecida como Irmã Maria Giuseppina dell'Amore Incarnato.

Na publicação, o padre conta que a relação se transformou numa linda amizade. "Sempre que estou em Nápoles, vou ao mosteiro visitá-la. Seus pais me tratam como um filho e a relação continuou excelente. Toda vez que me encontram na rua ainda perguntam quando irei visitá-los e ainda lembram do meu prato favorito".