Sangue é detectado na casa de suspeito de matar brasileira na Argentina
Um laudo pericial identificou a presença de sêmen e sangue em pelo menos 25 amostras coletadas no apartamento de Francisco Sáenz Valiente, suspeito da morte da baiana Emmily Rodrigues, 26, em Buenos Aires, na Argentina.
O que aconteceu:
Perícia encontrou 19 amostras de sêmen em lençóis, travesseiros e colchas. Especialistas também identificaram seis manchas de sangue, uma delas em uma roupa de Emmily, segundo Ignácio Trimarco, advogado de acusação, em entrevista ao jornal C5N. A análise foi feita pela Divisão de Análises Físicas, Químicas e Industriais da Polícia Científica de Buenos Aires.
O advogado da modelo brasileira disse que o novo laudo não deixa dúvida de que o empresário mentiu ao negar ter tido relações sexuais naquele dia. Entretanto, a perícia ainda não confirmou de quem é o sêmen encontrado na casa do empresário e se o sangue é da brasileira.
Ignácio defendeu também que o sangue encontrado na roupa da brasileira pode comprovar que houve agressão contra a modelo.
O relatório preliminar dos especialistas mostrou as descobertas de sangue e sêmen de todas as amostras coletadas nas diferentes incursões. Particularmente, no espartilho de Emmily foi encontrada uma amostra de sangue que agora vamos exigir que uma perícia seja realizada para determinar se esse sangue realmente corresponde a Emmily. Com isso, ficaria comprovado que ela estava realmente ferida antes da queda".
Ignacio Trimarco à C5N.
Relembre o caso
Emmily morreu no dia 30 de março, por volta das 9h, após cair do sexto andar de um prédio no bairro Retiro, em Buenos Aires. A modelo participava de uma festa privada com Valiente e outras três mulheres: Juliana, Lía Alves e Dafne Santana, todas brasileiras que viviam na capital.
Segundo o empresário, a modelo teria se jogado da janela.
Promotoria pediu nova prisão de suspeito
Francisco foi solto pela Justiça por falta de provas. Porém, a Promotoria pediu que ele seja preso novamente por "homicídio e facilitação para o consumo de entorpecentes", segundo o site argentino Télam.
No pedido à Justiça argentina, os promotores dizem que o caso é de "grave violência contra a mulher", houve "facilitação de entorpecentes" e fornecimento de cocaína, tuci (droga alucinógena — mistura das substâncias LSD com MDMA) e maconha no apartamento em que a vítima caiu.
O MP também alega que o local do crime foi "alterado". Eles apontam que as provas nesse momento são suficientes para acusar o empresário pelo crime.
A promotoria ainda aponta um "contexto sexualizado", que envolveu violência física antes do crime, já que a vítima foi achada nua. Preservativos usados foram encontrados no apartamento de Francisco, além de uma cadeira de massagem e brinquedos sexuais.
O advogado dos pais de Emmily também pediu que Francisco seja preso novamente. O empresário nega as acusações.
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