Conteúdo publicado há 11 meses

Mulher que inventou sequestro nos EUA paga fiança, mas será investigada

Carlee Russell, estudante do Alabama que inventou o próprio sequestro, teve um mandado de prisão emitido e será investigada por comunicação falsa de um crime.

O que aconteceu

Um mandado de prisão foi emitido no Alabama contra Carlee Russell, segundo a imprensa americana. Mas o próprio advogado admitiu que ela fingiu o próprio sequestro — e desencadeou uma busca de 49 horas até aparecer sozinha na casa dos pais.

Ela reapareceu após o pagamento de fiança na sexta (28), mas será investigada por mentir às autoridades e comunicação falsa de um crime. Carlee pode ficar presa por até um ano e pagar multa de US$ 6 mil.

Suas decisões naquela noite criaram pânico para os cidadãos de nossa cidade e até mesmo em todo o país, com a preocupação de que um sequestrador estivesse à solta e usando uma criança pequena como isca.
Nick Derzis, chefe da polícia de Hoover

Não vemos isso como um crime sem vítimas. Houve horas significativas gastas, recursos gastos como resultado desta investigação.
Steve Marshall, procurador-geral do Alabama, que conduzirá a investigação contra Carlee Russell

O que os investigadores sabem até agora

A polícia rastreou o histórico de Carlee na internet e encontrou a busca "Você tem que pagar por um Alerta AMBER?". O AMBER foi criado em 1996 nos Estados Unidos e é um sistema de alerta de rapto de crianças.

Ela também pesquisou por formas de "tirar dinheiro de um caixa eletrônico sem ser pego" e passagens de ônibus de Birmingham, uma cidade do Alabama, até Nashville, no Tennessee, para 13 de julho, data em que ela teria fingido seu sequestro.

Carlee também procurou informações sobre o filme Busca Implacável, que conta a história de um ex-agente da CIA que tenta rastrear a filha adolescente e sua melhor amiga depois que elas foram vítimas de tráfico humano.

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Caso viralizou nos EUA; relembre

Em 13 de julho, Carlee ligou para a polícia dizendo que encontrou um menino de fraldas andando sozinho numa interestadual. Ela foi orientada a ficar com a criança até a chegada de uma viatura.

Em seguida, Carlee ligou para a cunhada, que ouviu um grito e o barulho de um carro acelerando.

Os policiais encontraram o veículo de Carlee abandonado e todos os seus pertences, inclusive o celular. Foram feitas buscas no local do desaparecimento, mas nem Carlee nem a criança foram localizadas.

Carlee foi a única pessoa que relatou uma criança andando sozinha na rodovia. Dois dias depois, Carlee voltou sozinha para a casa de sua família.

Cerca de uma semana mais tarde, o advogado de Carlee Russell admitiu que ela inventou toda a história. Ele não informou a motivação de Carlee.

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