Equador: 'Política não pode afetar proteção de candidatos', diz delegada

A delegada Raquel Gallinati, diretora da Adepol (Associação dos Delegados da Polícia do Brasil), afirmou em entrevista ao UOL News desta quinta-feira (10) que a política não pode interferir na proteção de candidatos durante campanhas eleitorais.

Especialista em fazer a proteção de presidenciáveis, Raquel comentou a declaração do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio pouco antes de ser morto a tiros. Em discurso, Fernando afirmou que não usaria colete à prova de balas porque os apoiadores eram seu colete.

O que a gente percebe é que, de forma populista, muitos candidatos se colocam fazendo parte do povo, querendo proximidade, dispensando. 'Não preciso de segurança, não preciso de colete porque sou amado e aclamado pelo povo'. A política não pode interferir de forma alguma na autonomia da polícia ao direcionar e ao proteger os candidatos.

Sakamoto: Democracia do Equador fica menor com atentado e morte de presidenciável

O colunista Leonardo Sakamoto também comentou sobre o assassinato do candidato Fernando Villavicencio no Equador. Segundo o colunista do UOL, além da morte do candidato, a democracia do Equador está sob ataque.

Precisa se levar os responsáveis a julgamento e puni-los. Não é apenas a vida do Fernando que acabou sendo ceifada, mas a própria democracia equatoriana que fica menor com atentado desse tipo.

Sakamoto também comentou sobre a facção criminosa Los Lobos, que reivindicou o ataque. Para o colunista, a investigação não deve terminar com a identificação dos criminosos.

Uma investigação não é dada quando o bandido diz "fui eu". Você precisa entender qual a relação dos Los Lobos, se há relação com outros grupos políticos e, a partir daí, tentar entender quem eram os interessados e não eram.

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Equador: Uso político de um crime como esse é inevitável, diz Tales

O colunista do UOL Tales Faria comentou a respeito de postagens de políticos brasileiros sobre o atentado no Equador. Eduardo Bolsonaro e Magno Malta foram alguns dos que se posicionaram e fizeram uso político do caso, segundo o colunista.

Esse tipo de crime, o uso político é praticamente inevitável. Lá no próprio Equador me preocupa o fato de ser decretado o estado de exceção, ao mesmo tempo em que é mantida a eleição. Isso deve ter influência grande no resultado eleitoral.

"Não que eu ache que deva adiar a eleição, mas o estado de exceção é sempre muito perigoso", finalizou.

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