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Netanyahu nega ataque das forças de Israel contra hospital na Faixa de Gaza

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel Imagem: ABIR SULTAN/REUTERS - 17.set.2023

Do UOL, em São Paulo

17/10/2023 18h22Atualizada em 17/10/2023 19h02

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou que as Forças de Defesa de Israel tenham atacado um hospital na Faixa de Gaza. O ataque deixou ao menos 500 mortos nesta terça-feira (17), afirmou em comunicado o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas. O grupo extremista acusou Israel e chamou o ato de "genocídio".

O que aconteceu:

Em comunicado no X (antigo Twitter), o premiê afirmou que "o mundo inteiro deveria saber [que] foram os terroristas bárbaros em Gaza que atacaram o hospital e não as FDI [Forças de Defesa de Israel]".

"Aqueles que assassinaram brutalmente os nossos filhos também assassinaram os seus próprios filhos", declarou o primeiro-ministro israelense.

Netanyahu explicou que uma análise dos sistemas operacionais das FDI indicaram que foguetes foram disparados por terroristas em Gaza e passaram próximos ao hospital, que foi atingido.

O primeiro-ministro citou que as inteligências de diversas fontes do governo israelense indicaram que a Jihad Islâmica foi a responsável pelo "lançamento fracassado" dos foguetes que atingiram a unidade de saúde em Gaza.

Já o presidente de Israel Isaac Herzog também escreveu no X que a Jihad Islâmica seria a autora dos disparos que atingiram o hospital e declarou que o país está enfrentando um "inimigo com pura maldade". "Que vergonha para os vis terroristas em Gaza que derramam voluntariamente o sangue dos inocentes."

À Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica chamou a acusação de "mentira" e "invenção".

Isso é uma mentira e uma invenção, é completamente incorreto. Os ocupantes [o exército de Israel] estão tentando encobrir o crime horrível e o massacre que cometeram contra os civis.
Daoud Shehab, porta-voz da Jihad Islâmica, à Reuters

Hamas acusa Israel pelo ataque

O Hamas e a Autoridade Palestina acusaram Israel de serem autores do ataque. O Hospital Batista Al-Ahly Arab é localizado no centro da cidade de Gaza e tinha, além de pacientes e profissionais de saúde, diversas pessoas deslocadas dentro de Gaza, que procuraram o local como um ponto seguro.

A maioria das vítimas é composta por mulheres e crianças, afirmou o Ministério da Saúde. O governo que administra a Faixa de Gaza atribuiu o ataque a Israel e chamou o ato de "crime de guerra", segundo nota obtida pela CNN Internacional.

A Organização Mundial da Saúde destacou que o hospital estava na lista de evacuações ordenadas por Israel —um ato criticado pela ONU.

O hospital era um dos 20 no norte da Faixa de Gaza que estavam recebendo ordens de evacuação dos militares israelenses. A ordem de evacuação foi impossível de ser cumprida devido à insegurança atual, à condição crítica de muitos pacientes e à falta de ambulâncias, equipe, capacidade de leitos do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados.
Trecho da nota da OMS

Atacar deliberadamente hospitais é considerado um crime de guerra, segundo o Estatuto de Roma. "Conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares", diz o Artigo 8 do Estatuto.

*Com Reuters

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