Israel em guerra hoje (3/11): Veja novas notícias do cerco em Gaza e vídeos

O 28º dia da guerra em Israel contra o Hamas ficou marcado pelo anúncio do exército israelense sobre o cerco total à Gaza. Pela terceira vez, os brasileiros ficaram de fora da lista de estrangeiros com permissão para deixar a Faixa de Gaza. Apesar de seguir defendendo o direito de Israel atacar o Hamas, os EUA alertaram sobre a segurança dos civis em meio aos bombardeios.

Em quase quatro semanas de conflito na Faixa de Gaza, mais de 9.000 pessoas morreram, incluindo 3.760 crianças, segundo autoridades locais. O número de crianças mortas é mais de seis vezes maior do que o registrado pela ONU em 19 meses de guerra na Ucrânia.

Cerco em Gaza

As Forças de Defesa de Israel anunciaram na noite desta quinta-feira (02) que cercaram completamente a Cidade de Gaza, enclave de onde partiram os ataques perpetrados pelo grupo extremista Hamas no dia 7 de outubro e que deixaram mais de 1.400 mortos em território israelense.

Após a declaração feita pelo porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, o braço armado do Hamas, formado pelas Brigadas Ezzedine al-Qassam, reagiu dizendo que seriam a maior "maldição" para Israel. O grupo extremista alegou ainda que os soldados voltariam para casa "em sacos pretos".

Comandante morto

O governo israelense disse que matou Mustafa Dalul, comandante do Batalhão Zabra Tel Elhua, um dos líderes do grupo extremista Hamas. Ele teria sido um dos responsáveis por desempenhar "papel central" na coordenação de combates contra as Forças de Defesa de Israel.

O comunicado também afirmou ter destruído túneis na Faixa de Gaza. As rotas subterrâneas do Hamas foram destruídas por tropas que estão em terra e bombardeios da Força Aérea.

Nova visita dos Estados Unidos

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou hoje que Israel tem direito de se defender, mas pediu cuidado com civis nos ataques contra o grupo extremista Hamas.

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"Que tudo seja feito para protegê-los e para levar assistência àqueles que dela necessitam tão desesperadamente, e que não foram, de forma alguma, responsáveis pelo que aconteceu em 7 de outubro", afirmou o norte-americano durante visita à Tel Aviv ao lado do presidente de Israel, Isaac Herzog.

A visita de Blinken tem como objetivo pressionar o governo de Israel para concordar com uma "pausa humanitária" em Gaza, visando a libertação de reféns e a distribuição de ajuda humanitária. A informação foi publicada pelo The New York Times.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também já defendeu essa abordagem, afirmando que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, concordou anteriormente em interromper os bombardeios para libertar duas cidadãs norte-americanas.

Blinken também mencionou que as discussões se concentrarão no futuro de Gaza, buscando mais ajuda humanitária e evitando a expansão do conflito.

Mais cedo, Antony Blinken esteve com o premiê Benjamin Netanyahu. Após essa reunião, o secretário participou de um encontro do conselho de guerra de Israel, do qual Netanyahu também faz parte. O governo israelense disse que mostrou imagens do "massacre" feito pelo Hamas.

Continuamos convencidos de que Israel não só tem o direito, mas a obrigação de se defender e de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que o 7 de outubro nunca mais aconteça, Antony Blinken.

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Brasileiros impedidos de deixar Gaza

Pelo terceiro dia consecutivo, os brasileiros ficaram de fora da lista de estrangeiros que podem deixar a Faixa de Gaza, de acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.

A nova listagem de pessoas que podem passar pela passagem de Rafah para o Egito incluiu 571 nomes de cidadãos dos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Reino Unido, México e Indonésia. Os estadunidenses foram maioria pela segunda vez, com 367 nomes. Já os britânicos eram 127.

Confira os principais vídeos:

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