Conteúdo publicado há 8 meses

Análise: Com Gaza cercada por Israel, combate será urbano com apoio dos EUA

O combate urbano em Gaza terá apoio direto dos Estados Unidos a Israel, disse o professor de Relações Internacionais Reginaldo Nasser em entrevista ao UOL News desta quinta-feira (2).

Os comentários que têm aparecido, até um pouco espantados, é do envolvimento dos Estados Unidos em Israel militarmente. Estão mandando assessores, instalando base militar e dando assessoria.

A cidade de Gaza está cercada e vai ser combate urbano. Os Estados Unidos têm uma linha dessa dentro do Pentágono de combate urbano, que parece que já estão orientando Israel.

Nasser também abordou a chegada do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, a Israel.

Blinken, secretário de Estado [dos Estados Unidos], voltou ao Oriente Médio, chegou hoje a Israel e fez uma declaração nesse sentido: 'Precisamos controlar o número de vítimas'. Acredito que ele vá tentar fazer aquele giro que fez nos países árabes.

Eles estão ainda em nível diplomático, não vão entrar em militar, mas econômico pode ser que sim.

O professor também acredita que o ataque do Hezbollah em 19 locais no norte de Israel seja um "recado".

Levanto a hipótese aqui: não é coincidência o Hezbollah atacar hoje, porque Blinken está chegando. São recados. Quando a Guerra Fria tinha aqueles recados que a gente tinha que decifrar, hoje em dia também tem esses recados.

Cerco a Gaza

A ação terrestre de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, iniciada na sexta passada (27), transformou a região central da capital homônima do território governado pelo grupo terrorista palestino desde 2007 em uma linha de frente.

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O Exército de Israel anunciou que completou o cerco à cidade de Gaza e, questionado sobre o tema, um porta-voz militar descartou possibilidades de cessar-fogo a esta altura.

A tática é a esperada desde antes do início desta fase da guerra: o emprego da extensa rede de túneis sob Gaza, estimada pelo Hamas em 500 km antes do início do conflito. Segundo os relatos, os terroristas usam táticas de guerrilha clássicas, saindo rapidamente dos túneis, engajando-se em combates e fugindo por outras saídas.

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