Polícia francesa faz exercício com afogamento e vídeo viraliza: 'Tortura'
A polícia francesa realizou um exercício de simulação de afogamento com recrutas em uma academia, gerando polêmica no país. O supervisor foi afastado.
O que aconteceu
Vídeos mostrando policiais franceses afogando recrutas com camisetas molhadas repercutiram nos últimos dias. As gravações foram feitas na última sexta-feira (24), na academia de polícia de Oissel, na França.
Os recrutas sufocam e tentam tirar as camisas do rosto, mas são ordenados a colocar de volta e levam socos no estômago. As filmagens mostram pelo menos dois recrutas sendo forçados a realizar o exercício, contra uma parede. Segundo o jornal Le Parisien, 30 recrutas participaram do exercício.
O supervisor ordena que uma das recrutas cante a Marselhesa, o hino nacional da França, enquanto está sufocando. Enquanto tenta recuperar o fôlego, leva pancadas no estômago.
Internautas questionaram a necessidade do exercício e apontaram que o treinamento é "tortura". "Não é um falso afogamento, é tortura", escreveu um deles.
Em nota, a Polícia Nacional francesa afirmou que "o supervisor do exercício foi suspenso" e que o diretor da academia foi chamado pela direção-geral da corporação para prestar esclarecimentos. Leia na íntegra:
O vídeo corresponde a uma sequência cujo conteúdo foi iniciado por um treinador da academia de polícia.
Este comportamento e método não podem ser tolerados e são fortemente condenados pela Direção-Geral da Polícia Nacional.
Um inquérito administrativo foi aberto.
O formador em técnicas de intervenção em segurança já foi suspenso e o diretor da escola foi convocado pelo diretor-geral da Polícia Nacional.
Polícia Nacional da França, em nota publicada nas redes sociais.
La vidéo correspond à une séquence dont le contenu est à l'initiative d'un formateur en école de police.
-- Police nationale (@PoliceNationale) November 29, 2023
Ce comportement et cette méthode ne peuvent pas être tolérés et sont fermement condamnés par la direction générale de la police nationale.
Une enquête administrative a été?
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