Mãe de adolescente que matou 4 em escola vai a julgamento nos EUA
Começou ontem o julgamento de Jennifer Crumbley, 45, mãe de um jovem que, aos 15 anos, matou quatro alunos de uma escola em Oxford, no estado norte-americano de Michigan. Essa é a primeira vez que os pais de um atirador serão julgados pelos crimes do filho.
O que aconteceu
Jennifer e James Crumbley são acusados de "homicídio involuntário". Em casos semelhantes, já houve acusações de negligência, mas acredita-se que essa é a primeira vez em que os pais serão julgados por um tiroteio em escola cometido pelo filho. Eles serão ouvidos pela Justiça individualmente, e podem ser condenados a até 15 anos de prisão.
Filho deles matou quatro alunos e feriu outros sete em 2021 na escola em que estudava em Oxford, cidade de pouco mais de 20 mil habitantes nos Estados Unidos. Ele tinha 15 anos quando cometeu o crime. No ano passado, ele foi julgado como adulto, e condenado à prisão perpétua.
Pais deram arma para o filho de presente de Natal. Uma professora do garoto também viu que ele estava procurando munição na internet, e chamou a mãe até a escola. Segundo a promotoria, ela não respondeu, e enviou uma mensagem de texto ao filho dizendo: "Não estou brava com você. Você tem que aprender a não ser pego".
Foi o pai do adolescente que ligou para a polícia no dia do tiroteio. Ao ouvir que havia um atirador na escola da região, James Crumbley ligou para a emergência, dizendo acreditar que o culpado poderia ser o filho dele. Pouco mais de duas semanas depois, ele e a esposa foram convocados para uma audiência, mas não apareceram. Os dois foram presos no dia seguinte.
Especialistas acreditam que o julgamento pode abrir novo precedente jurídico. No ano passado, os EUA registraram 656 tiroteios em massa, segundo a ONG Gun Violence Archive (Arquivo da Violência com Armas de Fogo, em tradução livre). O cálculo inclui qualquer incidente em que no mínimo quatro pessoas foram baleadas.
Uma pesquisa do governo norte-americano mostrou que 75% dos atiradores em escolas conseguiram as armas usadas dentro das próprias casas.
*Com informações da Reuters
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