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Vídeo mostra mãe e 2 filhos israelenses sequestrados pelo Hamas após ataque

Do UOL*, em São Paulo

19/02/2024 18h55Atualizada em 19/02/2024 19h07

Câmeras de segurança registraram o momento em que Shiri Bibas e seus dois filhos, Ariel e Kfir, foram levados pelo Hamas após o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023. O grupo extremista diz que a família morreu durante um bombardeio israelense, mas o Exército de Israel afirma não ter conseguido confirmar a informação.

O que aconteceu

Vídeo é a primeira prova de que a família estava viva após o ataque. As imagens divulgadas hoje pelo Exército de Israel mostram Shiri Bibas segurando Ariel, de 4 anos, e Kfir, de 9 meses. Os três estão cercados por homens armados e foram levados de Khan Younis, ao sul da Faixa de Gaza, horas depois do ataque do Hamas a Israel.

Exército israelense diz temer pela vida de Shiri, Ariel e Kfir Bibas. Em entrevista coletiva, o porta-voz Daniel Hagari também disse que o Exército ainda não tem informações suficientes para dizer se Shiri, Ariel e Kfir estão vivos ou mortos. O pai das crianças, Yarden Bibas, também foi sequestrado e continua preso em Gaza.

Hamas diz que reféns foram mortos em bombardeio israelense em novembro. O governo de Israel insiste, porém, que não conseguiu confirmar essa informação. Segundo Hagari, o Exército está fazendo "todos os esforços possíveis" para obter atualizações sobre o paradeiro da mãe e seus dois filhos. Se e quando conseguirmos, "vamos avisar primeiro a família e depois o público", completou.

Sequestrado com nove meses, Kfir é o refém mais jovem em Gaza. "Um bebê roubado de seu berço durante o massacre promovido pelo Hamas", disse Hagari. "Ver essa jovem mãe agarrada aos seus bebês e cercada por terroristas [sic] armados é horrível, de partir o coração". Das 253 pessoas sequestradas pelo Hamas, 134 continuam reféns em Gaza, segundo o jornal The Times of Israel.

A gravação mostra os terroristas [sic] envolvendo Shiri e seus filhos com um lençol, tentando escondê-los. Dá para ver o cabelo ruivo do pequeno Ariel aparecendo através do pano branco. Eles foram forçados a entrar em um carro e levados para outro lugar.
Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel, em coletiva

Ultimato para o Hamas

Israel deu até 10 de março para o Hamas libertar todos os reféns. O governo israelense disse hoje que o grupo extremista deve liberar todas as pessoas sequestradas em 7 de outubro para evitar uma ofensiva em larga escala na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A data fixada por Israel marca o início do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

Na mira de Israel, Rafah abriga hoje 1,5 milhão de pessoas. Muitas delas são refugiadas de outras regiões do território palestino e não teriam para onde fugir no caso de um ataque israelense. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, mais de 29 mil palestinos foram mortos desde outubro do ano passado.

O mundo e os líderes do Hamas devem saber que, se nossos reféns não estiverem em casa até o Ramadã, os combates continuarão na área de Rafah. (...) Faremos isso de modo coordenado, dialogando com nossos parceiros americanos e egípcios, para facilitar a evacuação e reduzir ao mínimo o número de vítimas civis.
Benny Gantz, ministro do gabinete de guerra de Israel

(*Com ANSA)

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