Conteúdo publicado há 9 meses

Primeiras fotos do interior de reator da usina de Fukushima são divulgadas

Imagens registradas por drones mostram o interior do reator 1 da usina nuclear de Fukushima, no Japão. O reator foi gravemente danificado em 2011, quando a cidade japonesa foi atingida por um forte terremoto seguido por tsunami.

O que aconteceu

As 12 fotos divulgadas pelo operador da usina são as primeiras tiradas de dentro do principal suporte estrutural. As informações são da ABC News.

Tentativas anteriores, feitas com robôs, fracassaram. A investigação de dois dias, usando pequenos drones, foi concluída na semana passada pela TEPCO (Tokyo Electric Power Company Holdings), que divulgou as fotos ontem (19).

Cerca de 880 toneladas de combustível nuclear derretido, altamente radioativo, permanecem dentro dos três reatores danificados. A TEPCO está tentando saber mais sobre a localização e condição, para facilitar a remoção e a desativação da usina.

Há lugares, como a parte do fundo do reator, que os drones não conseguiram focar direito suas lentes
Há lugares, como a parte do fundo do reator, que os drones não conseguiram focar direito suas lentes Imagem: Reprodução/TEPCO

As imagens coloridas de alta definição capturadas pelos drones mostram objetos marrons com diversas formas e tamanhos, pendurados em vários locais do pedestal. Partes do mecanismo de acionamento da haste de controle, que controla a reação nuclear em cadeia, e outros equipamentos ligados ao núcleo, foram desalojados.

Funcionários da TEPCO disseram que não conseguiriam dizer pelas imagens se os pedaços pendurados eram compostos por combustível derretido, ou equipamento derretido, sem obter antes outros dados, como níveis de radiação. Os drones não carregavam dosímetros para medir a radiação porque tinham que ser leves e manobráveis.

As câmeras dos drones não conseguiram focar no fundo do núcleo do reator, em parte devido à escuridão do recipiente de contenção, disseram as autoridades. As informações da sonda podem ajudar futuras investigações dos detritos derretidos, fundamentais para o desenvolvimento de tecnologias e robôs para sua remoção, disseram.

O objetivo da captura de imagens é analisar os tipos de materiais decompostos no interior do reator
O objetivo da captura de imagens é analisar os tipos de materiais decompostos no interior do reator Imagem: Reprodução/TEPCO

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