Homem põe fogo em si mesmo em frente a tribunal onde Trump é julgado

Um homem colocou fogo em si mesmo do lado de fora do tribunal de Nova York onde acontece o histórico julgamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por suborno, segundo informações da imprensa americana.

O que aconteceu

Repórteres dizem ter visto o suspeito em chamas por mais de três minutos. "Vejo um ser humano totalmente carbonizado", relatou um jornalista da CNN durante transmissão ao vivo. Uma pessoa teria usado um extintor de incêndio para tentar apagar as chamas. Ainda não há informações sobre o estado de saúde do homem, mas repórteres informaram que ele foi levado de ambulância a um hospital próximo.

Homem também teria jogado panfletos para o alto, segundo testemunha. A pessoa — que preferiu não se identificar — contou à Reuters que, depois disso, o suspeito jogou um líquido sobre si mesmo e ateou fogo. "Neste momento, eu pensei: 'Oh, droga, o que eu estou vendo?'", disse a testemunha. Outras pessoas disseram que o homem parecia calmo antes de se encharcar.

Polícia confirma a ocorrência, mas afirma não ter mais informações. Em pronunciamento à imprensa, um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York informou que "um homem ateou fogo em si mesmo do lado de fora da Suprema Corte [de Nova York]", mas que as autoridades ainda estavam reunindo detalhes para entender o caso.

Episódio vem logo após a seleção do júri ter sido concluída. O processo abre caminho para que os promotores e advogados de defesa façam as declarações iniciais na próxima semana. O colegiado é composto por sete homens e cinco mulheres que, juntamente com seis suplentes, examinarão as provas em um julgamento inédito para determinar se um ex-presidente dos EUA é culpado de violar a lei.

Julgamento de Trump

Trump é acusado de encobrir pagamentos secretos a uma estrela pornô. O ex-presidente americano teria omitido um pagamento de US$ 130 mil (R$ 674,7 mil, pela cotação atual) que seu ex-advogado Michael Cohen fez à estrela pornô Stormy Daniels antes da eleição de 2016. O objetivo era que Daniels mantivesse silêncio sobre um encontro sexual que ela diz ter tido com Trump uma década antes.

Ação em si não é crime, mas ex-presidente teria 'maquiado' os valores. Segundo a acusação, o dinheiro enviado a Daniels foi registrado como um pagamento feito a Cohen e, na prática, buscava evitar que o suposto caso extraconjugal pudesse atrapalhar Trump nas eleições de 2016 — posteriormente vencidas pelo republicano. O ex-presidente se diz inocente e nega ter se encontrado com a estrela pornô.

(Com ANSA e Reuters)

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