Cresce pressão internacional sobre Israel após ataque a campo de refugiados
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1. Comunidade internacional repudia Israel após ataque a campo da ONU. O bombardeio contra o campo de refugiados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que matou 45 pessoas e deixou quase 250 feridos, provocou indignação mundial. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que as operações israelenses precisam cessar. Do chefe da diplomacia europeia, que afirmou estar "horrorizado", à Casa Branca, que declarou "consternação com as imagens dilacerantes" do ataque, vários países, como a China, criticaram a operação israelense em Rafah. O Conselho de Segurança da ONU realiza nesta terça uma reunião de emergência para discutir a situação em Rafah. Também hoje Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram formalmente o estado palestino. Apesar da condenação mundial, Israel continua sua ofensiva em Rafah nesta terça, segundo a agência Reuters. O premiê israelense afirmou que o bombardeio contra o campo foi um "trágico acidente" e que investigações foram abertas sobre o ocorrido.
2. Banco Central Europeu pode baixar os juros na semana que vem. A principal taxa do BCE está em 4,0 % ao ano, o nível mais alto desde a criação da moeda única. Apesar da redução da taxa, que deve ocorrer na reunião de 6 de junho, a prudência deverá ser mantida para controlar a inflação, disse o economista-chefe da instituição, Philip Lane, ao Financial Times. Segundo ele, o BCE manterá sua política restritiva no resto ano. O economista diz que é necessário constatar progressos no controle de preços, afetado sobretudo pelo custo da energia, antes de considerar a normalização da política monetária da zona do euro. A inflação se aproxima do objetivo de 2% ao ano fixado pela instituição. Em abril, ela foi de 2,4%. O mercado estima que o corte dos juros deverá ser de 0,25 ponto percentual.
3. Milei viaja aos EUA em busca de investimentos do setor de tecnologia. O presidente da Argentina deve se reunir com CEOs da Meta, Google, Apple e OpenAI. Esta é a quarta viagem de Javier Milei aos EUA. Em abril, ele se encontrou no Texas com Elon Musk, dono da Tesla, da rede social X e da Space X, mais um exemplo de sua estratégia de desenvolver parcerias com atores de peso da indústria de tecnologia. A Argentina é o terceiro produtor mundial de lítio, metal usado em baterias de smartphones, tablets e carros elétricos. Milei se ausentará da Argentina em uma semana crucial para o avanço de seu pacote de reformas no Congresso. Seu chefe de gabinete, Nicolás Posse, que tem um papel-chave nessas negociações políticas, renunciou ontem e será substituído pelo ministro do Interior.
4. Papa Francisco é acusado de usar termo ofensivo para falar de gays. Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, o Papa afirmou que já há "bichice demais" em seminários e pediu aos bispos para não aceitar quem é abertamente gay. O papa fez essa afirmação ao responder, durante a Conferência Episcopal Italiana, se os gays poderiam receber formação para o sacerdócio. Francisco utilizou o termo "frociaggine", considerado vulgar em italiano. O jornal ressalta que o pontífice, por ser argentino, não sabia que o termo é depreciativo, de acordo com bispos ouvidos pela publicação. O comentário foi revelado pelo site italiano Dagospia. A frase do papa causou surpresa porque ele já defendeu publicamente o respeito à comunidade LGBT. No final do ano passado, ele autorizou a benção a casais do mesmo sexo e tem dito que os homossexuais são bem-vindos na Igreja.
5. Julgamento de Trump em NY entra na reta final. A defesa de Donald Trump e a acusação apresentam suas considerações finais. Após isso, o juiz dará instruções aos jurados, que devem começar a deliberar amanhã. O republicano é acusado de ter fraudado documentos contábeis para ocultar o pagamento de US$ 130 mil à ex-atriz pornô Stormy Daniels na campanha presidencial de 2016. As alegações finais devem durar o dia todo. O The New York Times escreve que qualquer que seja o resultado, Trump deverá reagir de maneira vingativa.
Deu no El País: "Presidente da Colômbia propõe documento sobre paz política na Venezuela após as eleições". O jornal afirma que Gustavo Petro - com o apoio dos presidentes Lula e Gabriel Boric, do Chile - enviará uma proposta ao líder venezuelano, Nicolás Maduro, que visa garantir o cumprimento dos resultados das eleições presidenciais na Venezuela em julho. O texto pede que tanto o chavismo quanto a oposição respeitem os resultados da votação e se comprometam a não perseguir adversários. O El País escreve que a aprovação por parte de Maduro é incerta, já que implica assegurar à comunidade internacional que se a oposição vencer, o governo atual deixará o poder sem manipular a Constituição ou usar a violência. Leia mais.
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