'Ninguém venceu', diz Macron em carta aos franceses após eleição
O presidente da França, Emmanuel Macron, publicou hoje, uma carta aos franceses. O documento foi o primeiro pronunciamento de Macron após o segundo turno das eleições legislativas na França.
O que aconteceu
Emmanuel Macron escreveu uma carta aos franceses na qual afirma que "ninguém ganhou", destacando o fato de que nenhum partido conseguiu a maioria no Parlmento. O texto, que foi seu primeiro pronunciamento após o segundo turno das eleições legislativas nacionais, foi publicado no jornal Le Parisien.
"Nenhuma força política obteve sozinha uma maioria suficiente e os blocos e coalizões que emergiram dessas eleições são todos minoritários", destacou o presidente. "Somente as forças republicanas representam uma maioria absoluta", completou.
Macron afirmou que é possível concluir a partir do resultado das eleições que há no país uma necessidade de expressão democrática. Ele disse ainda que o povo claramente rechaçou a chegada da extrema direita ao poder e que é preciso construir uma maioria sólida e plural.
O partido de extrema direita Reunião Nacional ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições parlamentares, com quase 11 milhões de votos. No entanto, após o segundo turno a legenda terminou em terceiro, atrás da Nova Frente Popular, de esquerda, e do Juntos, coalizão de centro à qual pertence Macron.
Como nenhum partido conseguiu a maioria, será preciso formar uma coalizão para que seja escolhido o primeiro-ministro. Em sua carta, Macron pediu para que todas as forças políticas se reconheçam dentro das instituições republicanas e do Estado de direito para que a união de forças aconteça seguindo princípios democráticos.
O presidente francês dissolveu o parlamento e convocou novas eleições no dia 9 de junho, após a eleição para a Comissão Europeia no país resultar em uma maioria para a extrema direita e uma derrota para o partido de Macron.
Com o resultado das eleições legislativas nacionais, o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, pediu demissão, uma vez que seu partido não tem a maioria no Parlamento. No entanto, Macron recusou e solicitou a Attal que continue no cargo até que seja formada uma nova maioria. Na carta aos franceses, Macron assumiu uma posição de liderança e prometeu garantir a vontade do povo.
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