Mísseis e bombas com precisão: como é o avião que os EUA testaram na Coreia
Chamada de Ghostrider, a aeronave AC-130J é a mais nova versão do avião de ataque Hércules da Força Aérea dos Estados Unidos. O equipamento, com a maior arma já montada em um avião, teve sua força testada na Coreia do Sul pelo segundo ano consecutivo, em junho.
Como é o Ghostrider
A aeronave consegue lançar com precisão mísseis e bombas. "O que torna o AC-130 único é a quantidade de fogo que podemos trazer, a quantidade de munições —e a diversidade delas— e o tempo de permanência que podemos fornecer", disse o comandante da missão do avião de guerra, major Justin Burris. A aeronave leva um obus de 105 milímetros e um canhão de 30 milímetros —segundo a CNN, trata-se do maior canhão já montado em um avião de asa fixa.
A CNN contou como foi um exercício de fogo real em um campo de tiro a leste da capital da Coreia do Sul, Seul. A força de cada explosão provocada pelos projéteis empurrou a cauda do avião de 80 toneladas 1,8 metro para a direita.
Cerca de oito segundos após o disparo, os projéteis atingiram o campo de tiro 3.000 metros abaixo e a fumaça subiu para o céu. Os controladores da arma observavam o resultado do trabalho em grandes telas de vídeo no meio da aeronave. Uma voz na rádio da aeronave confirmou que dois tanques foram destruídos.
A presença do AC-130 para exercícios a Coreia do Sul foi pensada para enviar uma mensagem à Coreia do Norte e ao seu líder Kim Jong-un. "Mostra que estamos prontos", afirmou o piloto capitão John Ikenberry à CNN.
História das aeronaves
Os aviões de ataque da Força Aérea dos EUA começaram na Guerra do Vietnã. As aeronaves receberam uma configuração a partir da qual poderiam circular um único ponto e entregar ataques massivos e contínuos.
À medida que a guerra se prolongou, a Força Aérea procurou uma estrutura mais robusta. Em 2017, com o modelo AC-130J, foi possível inserir munições guiadas, que têm maior precisão.
Tensões com a Coreia do Norte
As tensões na península são crescentes. A Coreia do Norte tem enviado balões preenchidos com lixo para áreas perto de Seul e testado mísseis. Além disso, soldados norte-coreanos atravessaram a linha de demarcação provocando tiros de aviso da tropa rival.
A Coreia do Norte também criticou exercícios do fim de junho e início de julho no país vizinho e disse que eram uma "provocação explícita e indesculpável". Washington manteve o fluxo contínuo de equipamentos em direção à Coreia do Sul para exercícios militares em terra, ar e mar.
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