Conteúdo publicado há 1 mês

Com curativo, Donald Trump aparece ao lado de vice após atentado a tiros

O ex-presidente Donald Trump apareceu publicamente, pela primeira vez, dois dias após sofrer o atentado a tiros em um comício na Pensilvânia. Ele participou da convenção do Partido Republicano, realizada em Milwaukee (EUA), nesta segunda-feira (15).

O que aconteceu

Trump surgiu com curativo na orelha direita devido ao tiro de raspão. O ex-presidente acenou para o público presente na convenção republicana. O ex-médico da Casa Branca Ronny Jackson fez a bandagem no republicano mais cedo, antes da participação no evento, segundo a CNN.

O recém-anunciado candidato a vice, o senador J.D. Vance, também estava presente. Os dois ficaram lado a lado. Ambos foram anunciados oficialmente nesta segunda-feira (15) como a chapa republicana para a eleição presidencial de novembro.

Na convenção, a multidão presente aplaudiu a dupla gritando "USA! USA!" (Estados Unidos da América, na sigla em inglês) e "Queremos Trump!". Enquanto isso, o cantor Lee Greenwood cantava sua música "God Bless the USA!" (Deus abençoe os EUA, na tradução livre).

O ex-presidente e Vance ficaram sentados próximos à família Trump. O presidente da Câmara, Mike Johnson, que falou na convenção, também marcou presença.

Vance já criticou Trump

No passado, senador chamou o ex-presidente de "idiota", "nocivo" e "repreensível". O post foi publicado no Twitter e no Facebook, em 2016, e desenterrado por usuários algum tempo depois. O deputado estadual democrata Josh McLaurin, antigo colega de quarto de Vance na faculdade, também divulgou o print de uma suposta mensagem recebida do republicano.

"Eu oscilo entre pensar que Trump pode ser um babaca cínico como Nixon, que não seria tão ruim (e pode até ser útil) ou que ele pode ser o Hitler da América", escreveu Vance, segundo o tuíte de McLaurin. "Como isso é desanimador?", prosseguiu.

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Vance nunca se manifestou publicamente sobre essa mensagem especificamente. Ele, no entanto, apagou os posts nas redes sociais que faziam xingamentos diretos a Trump e disse ter se arrependido.

Mudança de opinião de Vance ocorreu em 2022. Foi quando ele anunciou a candidatura ao Senado pelo partido Republicano. No ano seguinte, Vance recebeu apoio publicamente do ex-presidente e se converteu oficialmente ao "trumpismo", de acordo com apuração feita pela rede de TV NBC News.

Investigação

Trump foi alvo de atentado no último sábado (13). O FBI diz que ataque está sendo investigado como um possível ato de terrorismo doméstico. A agência federal define terrorismo doméstico como atos dentro dos EUA que têm a intenção de intimidar, coagir civis ou influenciar políticas governamentais, segundo a agência de notícias Associated Press.

Caso já vinha sendo tratado como tentativa de homicídio. Na madrugada, o FBI já havia informado que o atentado, ocorrido no sábado, está sendo investigado como tentativa de assassinato.

Atirador foi identificado. Thomas Matthew Crooks, 20, foi identificado pelo FBI como o atirador. Ele era de Bethel Park, Pensilvânia, a cerca de 64 km do local do comício. Crooks tinha material explosivo dentro do carro e em casa, segundo informações do canal de notícias CNN.

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FBI suspeita que jovem tenha agido sozinho. Ainda não foi encontrado nenhum indicativo de que outra pessoa teria atuado no atentado.

Quem era o atirador

Thomas Matthew Crooks, 20, foi identificado pelo FBI como o atirador
Thomas Matthew Crooks, 20, foi identificado pelo FBI como o atirador Imagem: HANDOUT / AFP

Formado há dois anos. Crooks se formou na Escola Secundária Bethel Park em 2022, de acordo com relatos da imprensa local e um vídeo da cerimônia de formatura da escola visto pela CNN.

Ele estava registrado como eleitor republicano. A informação consta em um banco de dados de eleitores da Pensilvânia, onde a polícia encontrou seu nome, idade e endereço, segundo a emissora americana CNN. Isso não significa, contudo, que Crooks era necessariamente eleitor de Trump, uma vez que ser registrado em um partido específico nos EUA não te obriga a votar no candidato que o representa.

Jovem não levava documento quando foi morto pelo Serviço Secreto. O FBI precisou analisar seu DNA para obter a confirmação de sua identidade, explicou Kevin Rojek, agente especial encarregado do escritório de Pittsburgh. Os detalhes foram repassados durante uma entrevista coletiva, ainda na noite de ontem.

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Bombeiro de 50 anos morreu no ataque

A pessoa morta durante o atentado contra Donald Trump foi identificada como Corey Comperatore, de 50 anos.

Nome da vítima foi confirmada pelo governador da Pensilvânia. Josh Shapiro disse ter conversado com a esposa e as duas filhas de Corey, a quem descreveu como um "apoiador fervoroso" de Trump. Segundo o governador, o bombeiro de 50 anos estava animado por estar no comício.

Corey morreu como um 'herói', tentando proteger sua família. Segundo contou a esposa de Corey ao governador, o bombeiro foi atingido quando se jogou sobre sua família para impedir levassem um tiro. "Todos os líderes precisam baixar a temperatura, abandonar o discurso de ódio que existe e buscar um futuro melhor e mais brilhante para esta nação", completou Shapiro.

Corey Comperatore, de 50 anos, morto durante ataque em comício de Donald Trump, em Butler, Pensilvânia
Corey Comperatore, de 50 anos, morto durante ataque em comício de Donald Trump, em Butler, Pensilvânia Imagem: Reprodução redes sociais

Uma página criada para arrecadar dinheiro para a família de Comperatore já havia recebido cerca de 280 mil dólares (R$ 1,5 milhão) no início da noite.

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Feridos também foram identificados. A Polícia da Pensilvânia divulgou os nomes dos dois homens que foram atingidos e sobreviveram. São eles: David Dutch, 57, e James Copenhaver, 74. As vítimas são de New Kensington e de Moon Township, respectivamente, cidades da Pensilvânia.

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