Conteúdo publicado há 1 mês

Biden critica decisão de juíza que rejeitou caso de documentos contra Trump

O presidente Joe Biden criticou a decisão da juíza que rejeitou o caso de documentos confidenciais contra Donald Trump, nesta segunda-feira (15). A decisão forneceu ao candidato republicano outra grande vitória judicial no momento em que busca retornar à Casa Branca.

O que aconteceu

Juíza distrital foi nomeada ao cargo por Trump. Aileen Cannon afirmou que o procurador especial Jack Smith, que lidera o lado da acusação, foi nomeado ilegalmente para sua função e não tinha autoridade para apresentar o caso.

Biden não se diz surpreso com decisão. Ele chamou a decisão de "especiosa" (ou enganadora) e sugeriu que foi inspirada pelo juiz da Suprema Corte Clarence Thomas. Cerca de duas semanas atrás, o magistrado (cuja esposa teria participado de comício de Trump) pediu a suspensão dos processos federais contra o republicano, sob a alegação de que a nomeação do promotor especial Jack Smith era inconstitucional.

"Não estou surpreso", disse Biden ao âncora Lester Holt, da NBC News. "Clarence Thomas, em sua dissidência, disse que promotores independentes criados pelo procurador-geral não são legítimos. Essa é a base pela qual esta juíza moveu para rejeitar. A Suprema Corte tomou uma decisão terrível", acrescentou, referindo-se à imunidade total dada pela Suprema Corte aos ex-presidentes dos EUA.

Trump é acusado em caso de documentos

Trump foi condenado em maio por acusações no Estado de Nova York envolvendo a falsificação de documentos sobre um suborno de uma estrela pornô para evitar um escândalo sexual antes da eleição de 2016.

O republicano teria retido intencionalmente documentos confidenciais de segurança nacional em Mar-a-Lago, seu resort de luxo, em Palm Beach, Flórida (EUA), após deixar o cargo de presidente e obstruir os esforços do governo para recuperar o material.

Os advogados de Trump contestaram a autoridade legal para a nomeação de Smith para liderar as investigações sobre Trump. Eles argumentaram que a nomeação violou a Constituição dos EUA porque seu cargo não foi criado pelo Congresso e ele não foi confirmado pelo Senado.

Os promotores contestaram as alegações de Trump, argumentando que havia uma prática bem estabelecida de usar procuradores especiais para liderar investigações politicamente sensíveis.

Continua após a publicidade

A decisão é a mais recente e mais consequente em uma série de decisões da juíza Aileen Cannon favorecendo a defesa de Trump e expressando ceticismo sobre a conduta dos promotores. A juíza já havia adiado um julgamento por tempo indeterminado enquanto considerava uma série de contestações de Trump.

*Com informações da agência Reuters

Deixe seu comentário

Só para assinantes