Conteúdo publicado há 1 mês

Tales: Sociedade argentina fica marcada com outro ato racista de jogadores

Atitudes racistas de jogadores argentinos marcam mais uma vez a sociedade argentina pelo péssimo exemplo repetido várias vezes, afirmou o colunista do UOL Tales Faria durante participação no UOL News 2ª Edição desta terça-feira (16).

Ao comemorarem a conquista da Copa América, jogadores argentinos cantaram música com trechos racistas. Jogadores do Chelsea se irritaram após verem o colega Enzo Fernández no meio da cantoria. A informação foi divulgada pelo jornalista Fabrice Hawkins, da RMC Sport.

Nossos irmãos colombianos não precisavam disso. Infelizmente, os argentinos são os useiros e vezeiros dessas atitudes racistas. Já tiveram com jogadores brasileiros imitando macaco. É uma tristeza que eles repitam esse tipo de comportamento especialmente nos campos de futebol. Tales Faria, colunista do UOL

Tales lembrou que há atitudes racistas no Brasil e em outros países.

Tem no Brasil os racistas das torcidas. Teve na Espanha contra o nosso Vini Jr., tem no mundo inteiro. Mas está na hora das autoridades argentinas darem um basta mais forte por lá. Porque eles estão repetindo isso várias vezes e a sociedade argentina não precisa ficar com essa marca. Mas infelizmente fica. Tales Faria, colunista do UOL

O comentarista Ricardo Kotscho também aproveitou para falar sobre o ocorrido.

Tales, você é muito otimista sobre as autoridades argentinas. O Milei deve ter adorado isso aí, ele concorda com isso. Esse é o problema. O exemplo vem de cima, ele não vai fazer nada contra os jogadores bicampeões da América, pelo contrário. Ricardo Kotscho, comentarista do UOL News

A mesma coisa acontece aqui. Isso pode tranquilamente acontecer na seleção brasileira também. Porque os jogadores que ganham milhões e milhões vivem uma realidade paralela. Estão mais próximos dessas autoridades do que do povo, do que da torcida. Ricardo Kotscho, comentarista do UOL News

O que aconteceu

A revolta dos jogadores do Chelsea aconteceu, principalmente, com os franceses. A música entoada por Enzo e os demais jogadores argentinos contém expressões racistas e transfóbicas direcionadas aos atletas franceses.

Continua após a publicidade

Um dos companheiros de Enzo Fernández no Chelsea se manifestou nas redes sociais. O zagueiro francês Wesley Fofana republicou um trecho do vídeo e escreveu: "Futebol em 2024: racismo desinibido".

Alguns franceses do elenco pararam de seguir Enzo Fernández no Instagram. Além de Fofana, o lateral Malo Gusto, os zagueiros Disasi e Badiashile e o atacante Nkunku não têm mais o argentino entre as pessoas que seguem na rede social.

Segundo o jornal Daily Mail, o Chelsea iniciou um processo interno para cuidar do caso. Até agora, o clube não se manifestou sobre o assunto.

Argentinos cantam música racista e transfóbica

O momento foi registrado pelo volante Enzo Fernández em uma live no Instagram. Ele, no entanto, parou a filmagem quando percebeu os gritos racistas e transfóbicos. Um trecho da live foi publicado no X.

Continua após a publicidade

A música foi feita por torcedores em provocação à França e a Mbappé. Ela ganhou força durante a Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Escutem, corre a bola, eles jogam na França, mas são todos de Angola. Que lindo que vão correr, comem transsexuais como o p... do Mbappé. Sua velha (mãe) é nigeriana, seu velho (pai) é camaronês, mas no documento: nacionalidade francês. Letra da música cantada pelos argentinos

A música gerou revolta em 2022 após um vídeo de torcedores argentinos viralizar. Os trechos racistas estão contidos nas frases sobre as nacionalidades dos pais dos jogadores franceses, muitos deles vindos do continente africano.

A transfobia aparece no trecho sobre um suposto relacionamento de Mbappé. Em 2022, a imprensa francesa especulou que o astro francês estaria se relacionando com uma modelo transsexual.

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Continua após a publicidade

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa:

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes