França prende dono do Telegram
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O bilionário Pavel Durov, fundador e proprietário do Telegram, foi preso ao pousar com um jato particular em um aeroporto nos arredores de Paris na noite de sábado. O Telegram é acusado na França de permitir crimes pela ausência de moderação e pela falta de cooperação com as autoridades. A Rússia enviou uma mensagem a Paris, exigindo que Durov tenha "seus direitos respeitados". Durov, 39, nasceu na Rússia, mas deixou o país em 2014 depois de se negar a entregar ao governo Putin informações sobre usuários de sua rede social VK. Com sede em Dubai, o Telegram tem cerca de 1 bilhão de usuários. No ano passado, Alexandre de Moraes ameaçou bloquear o acesso ao aplicativo no Brasil pelo descumprimento de ordens judiciais. O cofundador do site de notícias americano Semafor, Ben Smith, chamou a prisão de "uma das notícias mais importantes da década". "Uma grande história desta década é o que vem depois da visão utópica das plataformas sociais como um novo espaço digital global aberto, cujos gigantes, em sua maioria americanos, poderiam desconsiderar as leis nacionais em favor de valores universais."
Rússia faz ataque massivo contra Ucrânia
A Rússia realizou nesta segunda-feira uma série de ataques aéreos em várias regiões da Ucrânia. O correspondente da agência de notícias France Presse em Kiev contou pelo menos sete grandes explosões na cidade. Houve explosões também em Lutsk, no noroeste do país, longe da frente de batalha com a Rússia, Odessa, Zaporizhzhia e Kharkiv. Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mais de 100 drones e 100 mísseis foram lançados pela Rússia. Centrais de energia elétrica foram os principais alvos e há blecautes em várias regiões. Zelensky apelou pela ajuda das forças aéreas dos países da Otan para deter a ofensiva russa.
Belarus põe tropas na fronteira com Ucrânia
A Ucrânia afirmou que detectou uma "concentração significativa" de tropas de Belarus e a presença de paramilitares do grupo russo Wagner na fronteira. O Ministério do Exterior ucraniano pediu que as forças armadas do país vizinho, aliado de Putin, "cessem as ações hostis". Na semana passada, o presidente Alexander Lukashenko havia dito que Belarus havia deslocado um terço de suas forças armadas na fronteira em resposta a uma suposta mobilização ucraniana da região. Na época, o governo da Ucrânia negou o envio de tropas para a fronteira e classificou a declaração de Lukashenko como "retórica". A escalada na tensão entre Ucrânia e Belarus ocorre no momento em que tropas ucranianas realizam uma surpreendente invasão do território russo.
Após ataques, Hezbollah e Israel esfriam tensão
Depois de ataques mútuos na noite de sábado e madrugada de domingo, Israel e o grupo Hezbollah, que tem base no Líbano, trocaram mensagens por meio de intermediários para evitar uma nova escalada da violência, segundo informações atribuídas a dois diplomatas pela agência de notícias Reuters. O confronto entre Israel e o grupo xiita apoiado pelo Irã foi o maior desde o início da guerra da Faixa de Gaza. Em nota, a ONU classificou os ataques de "alarmantes". O Hezbollah afirmou ter usado mais de 320 mísseis e drones. Israel usou mais de cem jatos para atacar alvos no sul do Líbano.
Kamala tem arrecadação recorde
A campanha de Kamala Harris arrecadou mais de US$ 540 milhões em pouco mais de um mês, US$ 84 milhões apenas na semana passada, durante a convenção democrata. A chefe da equipe, Jen O'Malley Dillon, disse que o valor é "um recorde para qualquer campanha na história". A pressão dos grandes doadores e dos arrecadadores de doações foi um dos principais motivos para a desistência de Joe Biden. O ex-presidente Donald Trump afirmou ter arrecadado um total de US$ 327 milhões até o início de agosto.
Deu no Wall Street Journal
Trump vai intensificar campanha para conter avanço de Kamala. Segundo a reportagem do jornal americano, o candidato republicano vai aumentar sua participação em estados decisivos e focar seu discurso na busca de votos de jovens e mulheres. Nesse fim de semana, o candidato a seu vice, JD Vance, disse que Trump vetaria uma proibição nacional ao aborto, um tema importante para esses dois segmentos do eleitorado. O ex-presidente também deve voltar a usar mais o X (ex-Twitter), depois de dois anos fora da rede social. A campanha de Trump, porém, espera mais um crescimento de Kamala nas próximas pesquisas, refletindo a exposição da democrata durante a convenção democrata na semana passada. Leia mais
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