Conteúdo publicado há 1 mês

Termina prazo para a votação na Venezuela

Chegou ao fim às 18h do horário de Caracas (19h, horário de Brasília) o prazo de votação para que eleitores pudessem escolher o próximo presidente da Venezuela. O dia foi marcado por atrasos, longas filas e denúncias de intimidações nas proximidades de centros eleitorais.

O que aconteceu

O prazo de votação foi encerrado oficialmente às 18h, horário local. Os pontos de votação que ainda possuíam filas, no entanto, seguiam abertos após esse prazo. Às 19h10 (horário local), ainda havia eleitores votando em centros eleitorais.

Oposição fala em ao menos 54,8% de participação de eleitores. O número, equivalente e 11,7 milhões de venezuelanos, foi divulgado às 16h, horário local.

Uma mulher foi baleada. De acordo com o site Efecto Cocuyo, da Venezuela, uma idosa foi baleada quando homens armados chegaram aos arredores de um centro de votação para intimidar os eleitores em Maturín. Segundo vizinhos, eles dispararam contra a entrada do centro eleitoral.

Intimidação também foi registrada em Táchira. Também houve denúncia de que grupos de homens encapuzados realizaram disparos para o alto em meio às filas de eleitores. No município Antonio Rómulo Costa, homens não identificados espalharam panfletos com mensagens intimidatórias próximo aos centros de votação. No estado, centros de votação chegaram a ter atraso de mais de uma hora no início da votação.

Prisões por tirar foto da urna. Segundo o comandante estratégico operacional da Força Armada Nacional Bolivariana, Domingo Hernandéz Lárez, um homem foi detido por tirar fotos de uma máquina eleitoral. Ele estava com dois comprovantes de voto. Uma mulher também foi presa na cidade de Barquisimeto por tirar voto durante a votação.

Voluntários pró e contra o governo de Maduro se enfrentaram no entorno de um centro de votação Andrés Bello. Segundo fotos, militantes pró-governo tentaram impedir que um voluntário de oposição entrasse no centro de votação.

O candidato Daniel Ceballos foi hostilizado ao votar.

Continua após a publicidade

Governador foi vaiado. O chavista Adolfo Pereira, governador do estado de Lara, foi vaiado em um centro de votação.

Em Carabobo, eleitores que tiveram os centros eleitorais alterados se confundiram com os locais de votação.

Em Ciudad Guyana, no estado de Bolívar, houve atraso na montagem das mesas de votação. O motivo foi a ausência de membros de mesa designados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral).

Reta final

Faltando uma hora para o fim. Quando faltava apenas uma hora para acabar o horário de votação, os dois candidatos mais cotados para a vitória publicaram vídeos incentivando os eleitores a comparecerem às seções eleitorais.

Continua após a publicidade
"Vote para que este 28 de julho coroe a vitória da paz", disse Maduro.
"Se ainda não votou, saia e vote, o futuro depende de você", disse Urrutia.

'Hora da reconciliação'

Em pronunciamento depois de votar, o candidato da oposição Edmundo González Urrutia fez um discurso otimista e pacificador. O candidato disse que "chegou a vez da reconciliação de todos os venezuelanos", e que é a "hora da esperança".

Continua após a publicidade

"Mudar o ódio pelo amor". Urrutia disse ainda que é o momento de "mudar o ódio pelo amor", "a pobreza pelo progresso" e "a corrupção pela honestidade".

O espírito democrático dos venezuelanos está mais vivo que nunca.
Edmundo González Urrutia

'Não queremos manchas'

Em discurso por telefone na TV estatal, o atual presidente e candidato à reeleição Nicolás Maduro convocou os movimentos sociais a votarem durante a tarde.

Que o dia siga bonito, que ninguém manche com nenhum show, nem como mentiras esse processo exemplar da Venezuela. Não queremos manchas, nem aqui dentro do país, nem de fora. Nicolás Maduro

O presidente convocou o que chamou de "operação remate". Ele nomeou diversos movimentos sociais e políticos que o apoiam e instou os grupos a se mobilizarem pela sua vitória. "Chegou a 'operação remate' para consolidar a paz, a vitória da paz, a estabilidade, a tranquilidade, a independência da Venezuela", disse Maduro.

Deixe seu comentário

Só para assinantes