Conteúdo publicado há 29 dias

Zelensky diz que exército da Ucrânia invadiu Rússia e luta dentro do país

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou na noite de sábado (10) que suas tropas invadiram a Rússia e estão lutando dentro do território.

O que aconteceu

A batalha acontece na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia. Essa é a primeira vez que unidades regulares ucranianas e de operações especiais entraram em território russo, marcando uma nova fase do conflito, que dura mais de dois anos.

Também é a primeira vez que Zelensky fala da batalha terrestre. "A Ucrânia está provando que realmente sabe como restaurar a justiça e garantir o tipo de pressão necessária contra o agressor", disse ele em discurso à nação. Ele agradeceu "a cada unidade" das forças armadas por tornar possível "empurrar a guerra para o território do agressor", informou reportagem da CNN Internacional.

Autoridades ucranianas mantinham silêncio sobre a operação, apesar de imagens denunciarem a batalha. Fotografias, vídeos e relatos de soldados ucranianos começaram a surgir nas redes sociais nos últimos dias relatando o contra-ataque de Zelensky.

Invasão ocorreu após um ataque aéreo. A incursão no território ocorre dias após um bombardeio à região de Lipetsk que atingiu ao menos uma base militar russa.

A Rússia teria perdido 250 quilômetros quadrados de território até sexta-feira (9). O cálculo é atribuído a "várias análises independentes e ao mapeamento da CNN", informou o site de notícias da emissora americana.

Moscou tenta conter a investida. Autoridades russas realizam uma operação em Kursk e em duas outras regiões de fronteira. Eles também evacuaram cerca de 76 mil pessoas até sábado, de acordo com a agência de notícias estatal russa TASS.

Vídeos em redes sociais mostram tropas ucranianas trocando bandeiras russas por ucranianas. Até agora, porém, o presidente russo, Vladimir Putin, não declarou lei marcial, quando uma autoridade militar assume o controle de funções administrativas de uma região e impõe um conjunto de normas legais.

Por enquanto, foi decretado "regime antiterrorista" na região. O status concede a autoridades militares poderes de monitorar conversas telefônicas, restringir comunicações e limitar a movimentação de pessoas.

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