Trump e Kamala se enfrentam em primeiro e provavelmente único debate

A pressão maior está sobre Kamala Harris, que participa de seu primeiro debate presidencial. A democrata tem a missão de se apresentar para uma grande parcela do eleitorado que diz conhecer pouco sobre a candidata. Sua estratégia inclui provocar Trump a realizar falas longas e incoerentes.

Veterano da TV e de debates eleitorais, o republicano deve questionar Kamala sobre temas sensíveis para o governo Biden, como economia, política externa e imigração, segundo sua campanha. O debate está marcado para as 22h, horário de Brasília.

Morte em Moscou

Um ataque de drones ucranianos a Moscou deixou uma mulher de 46 anos e pelo menos três pessoas feridas, incluindo uma criança, segundo autoridades locais. Dezenas de casas foram destruídas e 50 voos tiveram de ser desviados dos aeroportos da região.

Foi um dos maiores ataques da Ucrânia à capital russa e o primeiro com vítimas fatais. O governo Putin anunciou ter abatido 20 drones em Moscou e outros 124 em outras áreas do país.

A Ucrânia também afirmou ter sido alvo do ataque de 46 drones russos, 38 dos quais teriam sido derrubados. Os ataques ocorrem no momento em que a Rússia tem importantes avanços no leste da Ucrânia, e as forças de Zelensky fazem uma ofensiva inédita dentro do território russo.

40 mortos em Gaza

Um ataque israelense a um campo humanitário em Khan Yunes deixou pelo menos 40 mortos nesta madrugada, segundo a Defesa Civil de Gaza. As equipes de socorro dizem que o número de mortos pode subir porque muitas pessoas estariam enterradas na areia.

O bombardeio deixou uma cratera pouco menor do que um campo de futebol, todas as barracas da área foram destruídas. A falta de equipamentos adequados dificulta os trabalhos de resgate.

Israel contesta o número de vítimas e disse que o alvo eram militantes do Hamas. Em uma entrevista feita ontem, mas só divulgada nesta terça, o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, disse que o Hamas "não existe mais como formação militar" na Faixa de Gaza e defendeu uma trégua com o grupo.

O papa para 600 mil

Cerca de 600 mil pessoas se reuniram nesta terça em Dili, capital do Timor Leste, para acompanhar uma missa de três horas rezada pelo papa Francisco, segundo estimativas de autoridades locais divulgadas pelo Vaticano. Aos 87 anos e após se recuperar de uma série de problemas de saúde, Francisco enfrentou temperaturas de mais de 30°.

O Timor Leste é uma pequena ilha no sudeste asiático, com pouco mais de 1,2 milhão de habitantes, 98% católicos e onde o português é uma das línguas oficiais. Em 2022, o Vaticano reconheceu as acusações de abuso sexual de menores contra o ex-bispo local Carlos Ximenes Belo, herói da independência em relação à Indonésia e Nobel da Paz.

Alemanha contra imigrantes

A Alemanha anunciou controles mais rígidos nas fronteiras para combater a imigração. Segundo o Ministério do Interior, as medidas entrarão em vigor no dia 16 e devem durar pelo menos seis meses. A iniciativa foi tomada após ataques com faca recentes em que os suspeitos eram imigrantes em busca de asilo.

Na semana passada, o partido Alternativa para a Alemanha venceu as eleições regionais no estado da Turíngia com uma plataforma anti-imigração. Foi a primeira vitória da extrema direita no país desde a queda do nazismo. Segundo pesquisas, a imigração também é a principal preocupação dos eleitores no estado de Brandemburgo, que tem eleições em duas semanas.

Talibã "repugnante"

O alto comissário da ONU para Direitos Humanos chamou de "repugnante" uma lei recentemente promulgada pelo Talibã no Afeganistão que proíbe a voz das mulheres de ser ouvida em público. As mulheres também são obrigadas a cobrir completamente o corpo e o rosto se precisarem sair "por necessidade". "Expresso claramente minha repugnância" por essa lei, afirmou Volker Türk. Segundo Türk, "esse controle repressivo sobre metade da população do país não tem equivalente no mundo hoje". O Talibã retomou o controle do Afeganistão em 2021, depois da saída das últimas tropas dos EUA, que haviam chegado ao país em 2001 com o objetivo declarado de remover o grupo fundamentalista islâmico do poder.

Deu no New York Times

Agora é Trump quem tem de responder sobre a idade e capacidade. O artigo afirma que, com Biden fora da disputa, Trump seria a pessoa mais velha a presidir os EUA na história. A análise lembra que, aos 78 anos, Trump demonstra mais energia do que Joe Biden, 81. Mas argumenta que, segundo as pesquisas, para maioria dos eleitores, os "discursos confusos [de Trump], suas declarações às vezes incoerentes e explosões extremas levantaram questões sobre sua própria saúde cognitiva". Leia mais.