Tendência é que EUA não coloquem nenhum freio a Israel, diz professora

Os Estados Unidos não devem tentar agora frear Benjamin Netanyahu após falharem no passado, ainda mais considerando as eleições presidenciais, avaliou a professora de Política Internacional da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Danielle Ayres durante o UOL News de hoje.

Os EUA sofrem de um paradoxo: [o país] é o grande ator internacional que tem capacidade de terminar com essa guerra pelo seu recurso militar e peso internacional, e, porque é o grande ator parceiro de Israel naquele espaço geopolítico, teria a influência de fazer Israel retroceder. O paradoxo é que está sendo incapaz de fazer que o seu maior aliado retroceda nas suas ambições.
Danielle Ayres

A professora avalia que a estratégia da candidata democrata Kamala Harris deve ser de se distanciar do que é visto como um "fracasso" da gestão de Joe Biden —ou seja, uma lógica de "se não consegue contê-lo [Netanyahu], vamos apoiá-lo", explicou.

A tendência é não que os EUA passem a atacar o Irã, mas que os EUA não coloquem nenhum freio efetivo a Israel, principalmente em Netanyahu, e que continue fornecendo armamentos - seja Kamala Harris ou Donald Trump no poder.
Danielle Ayres

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