Israel diz que interceptou maioria dos mísseis do Irã com ajuda dos EUA

As IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) anunciaram que a maioria dos mísseis lançados pelo Irã, nesta terça-feira (1º), foi interceptada com a ajuda de uma coalizão defensiva liderada pelos Estados Unidos.

O que aconteceu

O Irã afirmou que 200 mísseis foram lançados contra Israel, segundo a TV estatal do país. De acordo com o Exército de Israel, houve um pequeno número de ataques no centro e no sul do país. "Maioria dos mísseis recebidos foi interceptada por Israel e por uma coalizão defensiva liderada pelos Estados Unidos", afirmou o porta-voz das IDF, Daniel Hagari.

"Haverá consequências", acrescentou porta-voz das IDF. Para Hagari, "o ataque do Irã é uma escalada grave e perigosa". O porta-voz ressaltou que as capacidades defensivas e ofensivas de Israel estão "nos mais altos níveis de prontidão." "Nossos planos operacionais estão prontos", alertou.

Israel responderá onde, quando e como quiser, declarou o chefe das Forças de Defesa de Israel. "O Irã e os seus representantes têm atacado Israel desde 7 de outubro de 2023 em sete frentes. O Irã e os seus representantes procuram a destruição de Israel. As Forças de Defesa de Israel continuarão a fazer tudo o que for necessário para defender o estado de Israel e proteger o povo de Israel".

Irã "pagará" por suas ações, afirmou Benjamin Netanyahu. Durante reunião de segurança política, o primeiro-ministro de Israel declarou que o Irã "cometeu um grande erro".

O regime no Irã não entende nossa determinação de nos defender e nossa determinação de retaliar contra nossos inimigos (...) Vamos aderir ao princípio que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós o atacaremos. Isso é verdade em todas as regiões em que lutamos contra o eixo do mal e também é verdade para o Irã.
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

Ataque foi retaliação do Irã à escalada de conflitos entre Israel e o Hezbollah. Não há informações sobre estragos ou feridos no território israelense.

Lançamento de mísseis foi condenado pelo chefe da diplomacia americana. Ataque foi "totalmente inaceitável" e "todo o mundo deve condená-lo", afirmou Antony Blinken. "Os informes iniciais sugerem que Israel, com o apoio ativo dos Estados Unidos e de outros aliados, frustrou efetivamente este ataque", disse Blinken a jornalistas.

Irã faz alerta a Israel e aos EUA

Forças Armadas iranianas falam em promover "ação militar direta". Alerta foi direcionado aos Estados Unidos e a Israel, em caso de ataques em solo iraniano.

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Em um comunicado, as forças armadas elogiaram o ataque com mísseis da Guarda Revolucionária do Irã contra Israel. A ação foi apoiada pelo exército iraniano e pelo Ministério da Defesa.

O Estado-Maior adverte que, se o regime agressor agir para retaliar, deve aguardar a destruição de suas infraestruturas nos territórios palestinos ocupados em uma escala maciça e abrangente (...) E se os países que apoiam o regime, incluindo os EUA, intervierem diretamente na violação e ataque ao Irã islâmico, seus centros e interesses em toda a região serão simultaneamente confrontados com o ataque decisivo das forças armadas da República Islâmica do Irã.
Forças Armadas iranianas, em comunicado

Guarda Revolucionária do Irã ameaça Israel

A Guarda Revolucionária do Irã ameaçou realizar "ataques demolidores" se Israel responder ao ataque com mísseis. "Se o regime sionista reagir às operações iranianas, enfrentará ataques demolidores", declarou a Guarda Revolucionária, exército de elite do Irã, em um comunicado divulgado pela agência de notícias Fars.

Anteriormente, os Estados Unidos tinham advertido para um ataque "iminente" do Irã contra Israel. A imprensa iraniana divulgou imagens online do que foram apresentados como mísseis sendo disparados na direção de Israel.

Este é o segundo ataque que o Irã lança contra Israel desde o efetuado em abril. Na ocasião, Teerã afirmou ter agido em "legítima defesa" depois que um ataque destruiu seu consulado em Damasco, onde sete de seus militares morreram. "Ao lançar dezenas de mísseis balísticos, a força aeroespacial dos Guardiões da Revolução apontou contra importantes alvos de segurança e militares no coração dos territórios ocupados", disse a Guarda Revolucionária.

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