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Em tensão com EUA, Xi Jinping anuncia inovações tecnológicas com Sul Global

Xi Jinping, presidente da China, durante o primeiro dia do G20, no Rio de Janeiro, nesta segunda (18) Imagem: Pablo Porciuncula / AFP

Manuela Rached Pereira

Do UOL, em São Paulo*

18/11/2024 14h19

O presidente da China, Xi Jinping, anunciou nesta segunda-feira (18), durante o primeiro dia do encontro de cúpula do G20, uma iniciativa com Brasil, África do Sul e União Africana para direcionar inovações científicas e tecnológicas para o Sul Global, segundo informado pela mídia estatal chinesa Xinhua.

O que aconteceu

Iniciativa foi anunciada em meio à tensão comercial entre China e EUA. Os Estados Unidos e seus aliados têm cooperado para parar com as exportações de semicondutores de alta tecnologia para a China e banido empresas chinesas de tecnologia, como a Huawei, de mercados da América do Norte e da Europa.

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Antes do G20, porém, Joe Biden afirmou a Xi Jinping que rivalidade entre países não deve resultar em "conflito". "Nossos países não podem permitir que nenhuma parte dessa concorrência resulte em conflito", afirmou Biden no início de seu último encontro cara a cara com Xi em Lima, no Peru, onde ambos participaram da cúpula da aliança Ásia-Pacífico, dois meses antes de o democrata entregar a presidência a Donald Trump.

China "se esforçará para alcançar uma transição fluida" nas relações com EUA, disse presidente chinês em Lima. Os dois países devem "continuar explorando o caminho certo" para se entenderem e "alcançar uma coexistência pacífica a longo prazo", afirmou Xi durante o encontro no Peru.

G20 em meio a conflitos e tensão entre países

Cúpula do G20 ocorre hoje (18) e amanhã (19). Além dos membros plenos do grupo (19 países mais a União Europeia e a União Africana), são esperados representantes de 55 outros países ou entidades. Os encontros da cúpula vão tratar de três temas essenciais: inclusão social e luta contra a fome e a pobreza; reforma da governança global; e transição energética e desenvolvimento sustentável.

Evento ocorre em meio à escalada de conflitos. A guerra entre Rússia e Ucrânia e os ataques de Israel à Faixa de Gaza e ao Líbano dividem o bloco, duas semanas após a eleição de Trump, que é crítico da participação norte-americana em fóruns multilaterais.

No discurso de abertura, Lula (PT) criticou governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na manhã desta segunda, o presidente citou que o Brasil voltou ao mapa da fome das Nações Unidas na gestão passada e afirmou que vai retirar o país dessa condição até 2026.

A reunião marca o final do período de dois anos da presidência brasileira do bloco. O posto será assumido em seguida pela África do Sul.

Com Reuters e AFP*

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