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Mulher busca assassino da mãe por 23 anos, e culpado choca a família

Lauren e seus pais; mãe foi morta em 2001 Imagem: Reprodução/ Washington Post

do UOL, em São Paulo

18/11/2024 05h30

A americana Lauren Preer tinha 23 anos quando sua mãe foi brutalmente assassinada na casa onde a família morava em Maryland, nos Estados Unidos, em 2001. Após mais de duas décadas sem respostas, a polícia identificou e prendeu o suspeito pelo crime em junho deste ano —a identidade dele surpreendeu a família.

O sumiço

Leslie J. Preer, na época com 50 anos, não apareceu em seu trabalho e seus colegas estranharam e avisaram a família. Quando o marido dela chegou em casa para averiguar seu sumiço, a encontrou morta e espancada no quarto do casal.

O marido, então, chamou a polícia. Oficiais que foram ao local disseram que a cena era de muita violência.

A família conviveu com a dúvida sobre o autor do crime por muito tempo. Foram necessários 23 anos, mas a polícia conseguiu identificar o suspeito de ter matado Leslie.

O suspeito

A polícia concluiu que o suspeito é Eugene Gligor, 44, ex-namorado de Lauren, a filha de Leslie. Gligor manteve uma relação com Lauren por cinco anos. O crime aconteceu três anos após o fim do relacionamento —a motivação é desconhecida.

Lauren e Gligor começaram a namorar ainda no ensino médio, quando tinham 16 anos. Eles mantiveram uma relação a distância por dois anos, mas terminaram quando estavam na universidade.

Lauren disse que manteve uma relação amigável com o suposto assassino, mesmo após o término. Eles se encontravam em eventos com amigos em comum e ela chegou a dizer para ele, em uma dessas vezes, que a mãe tinha morrido.

Após o crime, o pai de Lauren chegou a desconfiar de Gligor. Ele nunca gostou muito do garoto e dizia que tinha algo estranho com ele. Mas sua mãe o defendia, segundo Lauren contou ao jornal americano The Washington Post. O pai de Lauren, que morreu em 2017, citou várias vezes a possibilidade de ele ser o assassino, algo em que Lauren nunca acreditou.

Gligor foi acusado de assassinato pela polícia do Condado de Montgomery. Segundo o Huff Post, o DNA de Gligor foi coletado recentemente de uma garrafa de água que ele usou e descartou. Autoridades disseram que o DNA coletado correspondia às evidências da cena do crime.

'Estou chocada'

Lauren disse aos promotores "estar chocada" com a identidade do suspeito. Segundo a ABC News, ela estava no tribunal quando Gligor foi ordenado a permanecer preso sem possibilidade fiança. Ela deixou escapar um "graças a Deus" no tribunal. Os advogados de Gligor se recusaram a comentar.

Nunca, nem em um milhão de anos, pensei que um dos nossos pudesse machucar minha mãe.
Lauren Preer, em entrevista coletiva

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