Promotor desiste de ação contra Trump por suposta interferência eleitoral
Do UOL, em São Paulo*
25/11/2024 17h15Atualizada em 25/11/2024 17h32
O promotor Jack Smith pediu, nesta segunda-feira (25), que seja rejeitada a denúncia contra o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, por suposta conspiração para alterar os resultados das eleições 2020.
O que aconteceu
Smith afirmou ao juiz que presidente o caso que o processo deveria ser descartado após a eleição do republicano. O promotor citou uma política do Departamento de Justiça sobre não processar um presidente em exercício.
O promotor também pediu que seja rejeitada a denúncia que acusava Trump de guardar documentos confidenciais após perder a disputa em 2020. Smith retirou o recurso contra uma decisão de um juiz distrital nomeado por Trump que havia rejeitado a acusação no início deste ano.
A equipe de Jack Smith ressaltou que o abandono dos casos não tem relação com o mérito das denúncias. "Essa proibição é categórica e não depende da gravidade dos crimes imputados, da força das provas ou dos méritos da acusação", escreveram os promotores, em documento citado pela Associated Press.
Porém, o processo sobre os documentos confidenciais segue contra dois outros réus. "Nenhum princípio de imunidade temporária se aplica a eles", explicaram os promotores, citando Walt Nauta, manobrista do republicano, e Carlos de Oliveira, gerente de propriedade de Mar-a-Lago, resort de Trump.
Steven Cheung, novo diretor de comunicações de Trump, comemorou a decisão. "A decisão de hoje encerra os casos federais inconstitucionais contra o presidente Trump e é uma grande vitória para o estado de direito", escreveu, em um comunicado.
Atriz pornô
Na semana passada, Donald Trump conquistou mais uma vitória na Justiça após a eleição. O juiz do julgamento em Nova York sobre pagamentos ocultos à atriz pornô Stormy Daniels suspendeu na quinta-feira (21), por tempo indeterminado, a sentença marcada para 26 de novembro.
Juan Merchan autorizou os advogados do presidente eleito a apresentar um recurso até 2 de dezembro para anular o processo. Com isso, ele suspendeu a sentença, conforme solicitado pela defesa do presidente eleito.
Trump foi condenado em maio nesse caso por "falsificação contábil agravada para ocultar uma conspiração para alterar a eleição de 2016". Na terça-feira (19), o escritório do promotor público de Manhattan abriu caminho para o novo adiamento.
*com informações da AFP e em atualização