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Quase 50 mil pessoas foram deslocadas na Síria após ataques de rebeldes

30.nov.2024 - Cidade histórica de Aleppo após ataques de rebeldes Imagem: AAREF WATAD / AFP

Do UOL, em São Paulo*

02/12/2024 21h23Atualizada em 02/12/2024 21h29

Cerca de 50 mil pessoas foram deslocadas nos últimos dias no noroeste da Síria após os recentes conflitos entre rebeldes e o governo Bashar al Assad depois de uma ofensiva do grupo islamista. A informação é do Ocha (Escritório da ONU para Assuntos Humanitários).

O que aconteceu

Em 28 de novembro eram 14 mil deslocados. "Até 30 de novembro, mais de 48.500 pessoas haviam sido deslocadas, o que representa um aumento significativo", aponta o órgão ligado à ONU.

'Situação preocupante', diz Tom Fletcher, coordenador do Ocha. "Estamos acompanhando a situação da Síria cuidadosamente. Preocupante. Dezenas de milhares de pessoas em movimento; serviços críticos interrompidos; mulheres, homens e crianças temendo por segurança", escreveu no X.

Fletcher faz um apelo para que os envolvidos no conflito pensem nos civis. "Os sírios já suportaram mais de 13 anos de sofrimento. Todos os lados devem fazer mais para proteger os civis", concluiu.

Aleppo tomada

Bashar al Assad perdeu o controle de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. O grupo Hayat Tahrir al Sham, uma antiga filial síria da Al Qaeda, e outras facções rebeldes aliadas "controlam a cidade de Aleppo, com exceção dos bairros controlados pelas forças curdas", disse à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Os EUA reconheceram ainda no sábado (30) a tomada total de Aleppo por parte dos rebeldes. A "dependência da Síria em relação à Rússia e ao Irã", juntamente com sua recusa em avançar com um processo de paz delineado em 2015 pela ONU, "criaram as condições que estão se desenrolando agora", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean Savett, em um comunicado.

O grupo islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS), que chefia a coalizão, esteve vinculado com o grupo jihadista Al Qaeda. Ele tenta há anos se tornar uma alternativa política no norte da Síria, sem convencer as potências ocidentais.

*com informações da AFP

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