Sigla do presidente sul-coreano pede demissão do ministro da Defesa

O líder do Partido do Poder Popular, sigla do presidente da Coreia do Sul, pediu nesta quarta-feira (3) a demissão imediata do ministro da Defesa após a aplicação da lei marcial. As informações são do jornal The Korea Herald.

O que aconteceu

Han Dong-hoon disse que todas as autoridades envolvidas no caso devem enfrentar sérias consequências. Ele também cobrou que o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, dê explicações sobre o que aconteceu.

O líder da sigla concedeu uma coletiva de imprensa na Assembleia Nacional. "Como partido no poder, pedimos profundas desculpas ao público por esta situação angustiante", disse Dong-hoon.

Ele ainda afirmou que o partido está "comprometido em descobrir todos os detalhes". "Faremos nossa parte como sigla no poder para minimizar os danos econômicos e diplomáticos", disse.

Lei suspensa

O presidente da Coreia do Sul anunciou que suspenderia a lei marcial após a Assembleia Nacional aprovar a revogação da medida. Segundo o jornal The Korea Herald, 172 parlamentares de oposição e 18 membros da base do governo votaram a favor da revogação.

No comunicado, Yeol reforçou o pedido para que a oposição não dê prosseguimento aos pedidos de impeachment. "Peço à Assembleia Nacional que cesse imediatamente as repetidas tentativas de impeachment, manipulação legislativa e abuso orçamentário que paralisaram as funções do Estado", afirmou o presidente.

A lei marcial é uma medida adotada em cenários de guerra. O presidente usou a justificativa de um esforço para proteger o país de ameaças impostas por "forças comunistas" e eliminar elementos "antiestatais" no território sul-coreano.

A medida altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares. As principais consequências da lei marcial são a suspensão de parte ou de todas as liberdades fundamentais dos cidadãos que moram na área afetada.

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