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Bombardeio israelense no sul do Líbano mata 6 pessoas, diz governo libanês

Fumaça é vista após ataque aéreo de Israel contra região sul no Líbano em novembro Imagem: AFP

Do UOL*, em São Paulo

07/12/2024 18h53Atualizada em 07/12/2024 19h04

Seis pessoas morreram neste sábado (7) em bombardeios israelenses no sul do Líbano, informou o Ministério da Saúde libanês, dez dias após a entrada em vigor de uma frágil trégua entre Israel e o movimento islamista Hezbollah do Líbano.

O que aconteceu

"O ataque aéreo do inimigo israelense na cidade de Beit Lif matou cinco pessoas e feriu outras cinco", disse o ministério. A pasta ainda acrescentou que outra pessoa foi morta em um ataque de drone em Deir Serian, também no sul do país.

Mais cedo, o exército israelense anunciou um ataque aéreo no sul do Líbano contra um membro do Hezbollah. As forças militares afirmaram que efetuaram operações depois que detectaram "várias atividades terroristas no sul do Líbano".

Israel ainda disse ter realizado um ataque aéreo contra "um terrorista do Hezbollah". Segundo o exército, o alvo "representava uma ameaça para as tropas mobilizadas" nessa região, onde uma trégua entre o movimento islamista libanês e Israel está em vigor desde 27 de novembro.

Após os casos, o primeiro-ministro interino do Líbano disse que a estabilidade no sul do país é essencial para a paz no Oriente Médio. Najib Mikati afirmou que há "repetidas violações do acordo" de cessar-fogo firmado entre o Líbano e Israel —ambos se acusam de descumprimento do acordo.

"A segurança e a paz só retornarão à região por meio da implementação de resoluções internacionais e da proteção de nosso país, terra e soberania", finalizou Mikati.

A trégua entrou em vigor em 27 de novembro e proíbe Israel de conduzir operações militares ofensivas no Líbano. O acordo também exige que o Líbano impeça que grupos armados, incluindo o Hezbollah, lancem ataques contra Israel. Ela dá às tropas israelenses 60 dias para se retirarem do sul do Líbano.

Israel já ameaçou retomar a guerra no Líbano

Israel disse nesta semana que isso ocorreria se a trégua com o Hezbollah fracassar e ameaçou que desta vez seus ataques serão mais profundos e terão como alvo o próprio Estado libanês. Essa foi a sua ameaça mais forte desde que a trégua foi acertada para pôr fim a 14 meses de guerra com o Hezbollah.

Se voltarmos à guerra, agiremos com firmeza, iremos mais fundo, e a coisa mais importante que eles precisam saber: que não haverá mais isenção para o Estado do Líbano. (...) Se até agora separamos o Estado do Líbano do Hezbollah... isso não será mais [assim]", declarou ele durante uma visita à área da fronteira norte.
Israel Katz, ministro da Defesa israelense

Apesar da trégua da semana passada, as forças israelenses continuaram os ataques no sul do Líbano contra o que dizem ser combatentes do Hezbollah, ignorando o acordo de interromper os ataques e se retirar para além do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira.

Na segunda-feira (2), o Hezbollah bombardeou um posto militar israelense, enquanto as autoridades libanesas disseram que pelo menos 12 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses no Líbano. Katz chamou o ataque do Hezbollah de "o primeiro teste" e descreveu os ataques de Israel como uma forte resposta.

(Com AFP e Reuters)

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