Netanyahu agradece Trump e Biden por cooperação em cessar-fogo
O escritório do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que ele agradeceu Donald Trump e Joe Biden por sua cooperação para conseguir o acordo de cessar-fogo em Gaza. Os Estados Unidos participaram ativamente das negociações com o Hamas no Qatar.
O que aconteceu
Netanyahu conversou primeiro com Trump, depois com Biden. Ele ligou para o presidente eleito dos Estados Unidos para "agradecer por sua ajuda em promover a libertação dos reféns e por ajudar Israel a pôr fim ao sofrimento de dezenas de reféns e suas famílias". Steve Witkoff, enviado de Trump para assuntos do Oriente Médio, participou das negociações e se encontrou com Netanyahu no sábado (11).
Premiê israelense deve ir a Washington "logo". Ele e Trump decidiram se encontrar na capital dos Estados Unidos, para discutir como o país pode trabalhar com Israel para evitar que Gaza seja "refúgio para o terrorismo".
Mais cedo, Trump publicou que cessar-fogo só foi aprovado porque venceu eleições presidenciais de novembro. "Conseguimos muito sem sequer estar na Casa Branca", escreveu na Truth Social, sua rede social.
Premiê israelense agradeceu Joe Biden por "assistência para avançar no acordo dos reféns". Os dois haviam conversado sobre o pacto no último sábado (12), quando discutiram sobre o progresso das negociações e as exigências de Israel para que o cessar-fogo fosse assinado.
Acordo de cessar-fogo foi aprovado no Qatar
Acordo foi negociado no Qatar entre Israel e Hamas. O pacto prevê a troca de reféns e prisioneiros em diferentes etapas, assim como a desocupação gradual da Faixa de Gaza por parte das tropas israelenses.
Qatar confirmou acordo e apontou que entrará em vigor no domingo (19). O primeiro-ministro do país, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse que a primeira fase durará 42 dias. Os detalhes dos procedimentos para a segunda e terceira fases serão finalizados durante a implementação da primeira fase. Ele ressaltou a "necessidade de ambas as partes se comprometerem com a implementação de todas as três fases do acordo" para evitar "derramamento de sangue civil".
Biden disse que americanos serão parte da primeira onda de reféns libertos. O presidente dos Estados Unidos afirmou que o interesse de Israel é achar um fim definitivo para a guerra nas próximas seis semanas, mas que o cessar-fogo irá seguir mesmo se os envolvidos no conflito não chegarem a um meio-termo neste período.
Pacto quebra promessa de aniquilação do Hamas por primeiro-ministro. Netanyahu tinha prometido que a guerra só acabaria quando o movimento extremista tivesse sido exterminado.
Comissária da União Europeia para o Mediterrâneo confirmou acordo. Apesar da postura de Netanyahu, Dubravka Suica indicou que "saúda o acordo de cessar-fogo e o acordo de reféns entre Israel e o Hamas, que trará o alívio tão necessário para as pessoas afetadas pelo conflito devastador". A União Europeia afirma que "continua empenhada em apoiar todos os esforços no sentido de uma paz e recuperação duradouras".
ONU ordenou entrada imediata de ajuda humanitária em Gaza. Além de bombas, os civis foram afetados por fome e frio.
Israel divulgou fotos de reféns, mas afirmou que 98 continuam em Gaza. No X (antigo Twitter), a conta oficial do governo publicou: "Não os abraçamos há 467 dias". Entre os reféns, estão duas crianças, mulheres, idosos, adolescentes e jovens. O governo israelense acredita que todos os reféns ainda estão vivos, mas não tem a confirmação do Hamas sobre isso.
Hamas queria mapa da retirada de israelenses. Tel Aviv enviou ao grupo palestino os mapas dos locais que planeja realizar a evacuação das tropas e foi a resposta aceitando o plano que faltava para o pacto ser anunciado. O Hamas queria garantias de retiradas principalmente na região de fronteira entre Gaza e o Egito.
Palestinos e israelenses foram às ruas para comemorar acordo. Veja algumas imagens:
14 comentários
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Anderson Morais
Cisjordânia onde o Fatah atua e não o Hamas (terrorista) população Palestina nativa com raízes fincadas a séculos tem sua casa confiscada por Israel e consequentemente demolida sem motivo algum sendo obrigado a dar lugar a um colono judeu, sendo privado de coisas básicas como se locomover em determinados lugares regiões ou até uma simples rua, consequentemente cidades palestinas sendo isoladas uma das outras e atrapalhando a locomoção e o desenvolvimento de infraestrutura, e o pior de tudo Israel não anexa a Cisjordânia pois teriam que dar cidadania aos palestinos e assim teriam os mesmos direitos, mas não podem ter cidadania Israelense e também não podem ter um país livre. Não sei qual terrorista é o pior, o que mata na cara dura ou o que mata aos poucos indiretamente e quer dar um de santo pois esses já estavam aterrorizando bem antes dos covardes do Hamas
Anderson Morais
Democracia? Por que EUA nunca defenderam a democracia na África, Sudão, Serra Leoa, Ruanda... Defendem países que dão lucro ou no caso de Israel o congresso está todo financiado, patrocinado, vendido, corrompido, comprado, ... Por lobistas israelense
Anderson Morais
O lobby Israelense AIPAC (American Israel Public Affairs Committee) sempre presente no congresso dos EUA patrocinando todos os democratas e republicanos Biden e Trump respectivamente, quando veem um candidato defender a palestina já os eliminam nas previas. Congresso Estadunidense corrompido com o Sionismo