Censo de botos em rios do PA quer medir impacto de construção de barragens
Profissionais do Instituto Mamirauá e da ONG WWF (World Wide Fund) percorreram 577 km na Bacia do Tapajós, no Pará, para documentar a distribuição de estimar a abundância de botos na região.
Resultados preliminares foram divulgados pelas instituições, que avistaram ao longo do percurso 160 indivíduos de tucuxi (Sotalia fluviatilis), conhecidos como boto-cinza, e 112 indivíduos de boto vermelho (Inia geoffrensis).
O resultado final poderá ajudar a entender e acompanhar a saúde dos rios na região, inclusive em relação a riscos frente a alterações ambientais, como desmatamento e construção de hidrelétricas.
"Os resultados desta primeira expedição na bacia do Tapajós devem servir também para melhor reflexão dos governos, dos cientistas, das comunidades e dos povos indígenas locais sobre os potenciais impactos de barragens nessa bacia hidrográfica específica, e na Amazônia como um todo. Em uma das mais importantes regiões naturais do mundo, o que se espera é que o planejamento hidrelétrico seja ótimo, responsável do ponto de vista ecológico e democrático, com ampla e transparente discussão e respeito aos direitos das comunidades locais e dos povos indígenas", afirma Cláudio Maretti, líder da Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF.
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