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Exposição em São Paulo mostra melhor prática de gestão da água segundo ONU

Água de Itaipu, impulsionada pela enchente dos rios Paraguai e Paraná - Norberto Duarte/AFP
Água de Itaipu, impulsionada pela enchente dos rios Paraguai e Paraná Imagem: Norberto Duarte/AFP

Do UOL, em São Paulo

10/04/2015 06h00

Será aberta nesta sexta-feira (10) no Museu Oceanográfico da USP (Universidade de São Paulo) uma exposição sobre o programa de gestão de bacias hidrográficas “Cultivando Água Boa”, que recuperou os recursos dos municípios lindeiros da usina hidrelétrica de Itaipu. A mostra acontecerá entre os dias 13 de abril e 26 de junho.

Na última semana, a iniciativa conquistou primeiro lugar na categoria “Melhores práticas em gestão da água”, da 5ª Edição do “Water for Life 2015” da ONU (Organização das Nações Unidas). A solução será apresentada na exposição e pode servir de exemplo para combater a crise hídrica no Sistema Cantareira e Alto Tietê, segundo os organizadores.

“O programa configura uma estratégia local para enfrentamento das mudanças climáticas e para a gestão de bacias hidrográficas. Portanto, pode auxiliar neste momento em que é necessário rever a forma como os recursos hídricos são tratados e buscar novos aprendizados”, avalia o diretor de coordenação e meio ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich.

O programa “Cultivando Água Boa” existe há 12 anos e baseia-se no planejamento e execução de ações por bacia ou microbacia hidrográfica, envolvendo a comunidade local e procurando corrigir problemas ambientais. Abrange recuperação de nascentes, readequação de estradas, terraceamentos, cultivos diversificados e revitalização de matas ciliares.

Segundo a divulgação da exposição, já foram recuperados 200 unidades em 29 municípios do entorno da hidrelétrica de Itaipu, tornando-se o primeiro grande programa de gestão de bacias hidrográficas do Brasil. A área de preservação totaliza 104.340 hectares, com sequestro de carbono de 732 mil toneladas por ano.

A área de conservação de solo corresponde a 30 mil hectares e 1.828 quilômetros de adequação de estradas. Em relação à mata ciliar, a área total atinge 68 mil hectares, com reflorestamento de 44 milhões de mudas.

Os valores, conceitos e metodologias do programa estão em implantação na Espanha, Republica Dominicana, Guatemala, Uruguai, Argentina e Paraguai. Há solicitações ainda na Bolívia, Chile, El Salvador e Panamá.

Serviço

Abertura: 10 de abril de 2015, às 16h
Onde: IOUSP – Museu Oceanográfico (Praça do Oceanógrafo, 191, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo)
Quando: 13 de abril a 26 de junho
Horário: de terça a sexta, das 9 às 17h