Polícia conclui inquérito sobre morte de cadela e responsabiliza segurança
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou na última segunda-feira (17), que a Polícia Civil concluiu a investigação sobre a morte da cadela Manchinha, agredida na unidade do hipermercado Carrefour em Osasco.
Segundo a polícia, mais de vinte pessoas foram ouvidas durante a investigação e o segurança do Carrefour foi apontado como autor das agressões. "O inquérito do caso foi encaminhado, na quinta-feira (13), ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) com indicação de autoria ao segurança do mercado", diz a nota da SSP.
A secretaria ainda informou que foi confirmada a causa da morte da cadela por "hemorragia provocada pela lesão sofrida". A reportagem do UOL tentou contato com a secretaria para mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta.
O caso
As imagens mostram trechos dos fatos e não se pode saber ao certo o que ocorreu. Mas há elementos de agressão: um segurança contratado pela loja aparece andando atrás do animal. Mais adiante, esse funcionário é visto com uma barra de metal próximo ao cão e, em outro trecho, o animal é visto sangrando e funcionários do Centro de Zoonoses da Prefeitura de Osasco tentam imobilizá-lo.
Antes de ser morta, Manchinha vivia há alguns dias no estacionamento do Carrefour e era alimentada pelos funcionários. O segurança acusado afirmou que fora ordenado a retirar a cadela da loja, mas que não queria machucá-la.
Crime ambiental
Para especialistas, o caso é crime de maus-tratos aos animais, previsto na Lei dos Crimes Ambientais. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, com aumento de um terço pela morte do animal. Podem ser culpabilizados o autor do crime e os mandantes.
Segundo o criminalista Daniel Bialski, "alguém que age com tamanha violência contra um inocente cachorro demonstra ausência de senso de civilidade e mostra ser um risco à própria sociedade".
Bialski, que é mestre em processo penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ainda afirmou que "atos cruéis como este evidenciam personalidade deformada, podendo-se dizer que quem age assim poderia atentar contra uma criança, mulher ou homem", diz o advogado.
Com informações da Agência Estado
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