Manifestação de ambientalistas termina em distúrbios em Buenos Aires
Duas mulheres foram detidas e depois liberadas pela polícia por tentarem pintar um slogan com aerossóis. Posteriormente, uma terceira foi presa, segundo denunciaram os manifestantes.
"Quiseram levar duas pessoas por causa da mobilização. Tiveram que soltá-las. Depois, quando tentamos começar o ato, levam outra companheira. O que estamos denunciando é gravíssimo: é saque, contaminação e morte", disse a líder socialista Celeste Fierro.
As detenções ocorreram em meio a um protesto realizado por 20 organizações na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino. Os manifestantes convocaram um "dia nacional sócioambiental".
O protesto incluiu várias reivindicações ambientais, como a rápida aprovação de uma lei de proteção das zonas úmidas e ações para deter os incêndios florestais e o desmatamento.
Também foram criticados os acordos de criação intensiva de suínos para exportação de carne de porco para a China e as políticas que promovem o agronegócio.
"Não queremos ser o matadouro do mundo nem o berço de novas pandemias", disseram as organizações ambientais em comunicado conjunto.
Mariano Rosa, coordenador nacional da Rede Ecossocialista da Argentina, advertiu que questões como o acordo de suínos com a China e a destruição de zonas úmidas estão unidas "pela agenda pós-pandêmica de reforço de toda a matriz extrativa de parte da política tradicional como um todo.
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