Duque pede que FMI flexibilize empréstimos contra crise climática
"É preciso gerar urgentemente um marco fiscal de investimentos para enfrentar a crise climática cuja contabilidade esteja fora da linha de avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI)", disse Duque em discurso no evento "Transição energética na América Latina: metas, oportunidades e visão programática a partir do sucesso colombiano" na Casa de América, em Madri.
O mandatário colombiano está em visita oficial na Espanha e hoje participou de vários fóruns econômicos nos quais deixou claro o empenho do seu país na transição energética e na luta contra a crise climática, um desafio global sobre o qual pediu para se "trabalhar eficientemente" e esquecer "lamentos".
Duque pediu aos países do G-20 que levem esta mensagem a Kristalina Georgieva, diretora do FMI, a qual considerou "muito sensível" à emergência climática.
Ele também exigiu que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as demais instituições financeiras regionais e o Banco Mundial "proporcionem alívio da dívida ou compensação pela ação climática".
A Colômbia, reconhecida como um dos países líderes na transição ecológica da América Latina, trabalhar para reduzir 51% das suas emissões de gases do efeito de estufa até 2030, altura em que também pretende atingir o seu objetivo de desmatamento zero, além de tentar alcançar o carbono zero até 2050.
"Isto requer precisão, monitoramento e determinação, libertando os recursos necessários para compensar o tempo perdido em relação à Agenda 2030", disse Duque, que expressou a preocupação de o pós-pandemia "limitar" a atenção que as mudanças climáticas requerem.
O presidente colombiano informou que já tinha realizado uma reunião de alto nível com outros chefes de Estado latino-americanos, embora não tenha revelado os seus nomes, a fim de avançar nesta questão, que "é urgente para ser levada a Glasgow", em referência à COP26, que será realizada de 1º a 12 de novembro.
Ao longo do discurso, Duque expressou uma imagem do seu governo como sendo muito favorável a "propostas inovadoras" em matéria ecológica, também de um ponto de vista financeiro. O governante declarou que "não está fora de questão" utilizar a rentabilidade dos criptoativos para financiar a preservação de "áreas naturais protegidas" na Colômbia.
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